Candidato Luís Cirilo quer contrariar “instabilidade como nunca houve” no Vitória

Numa alusão às várias saídas nos últimos três anos
Foto: DR

Luís Cirilo Carvalho, candidato às eleições do Vitória SC, afirmou hoje que o clube vimaranense vive “uma instabilidade como nunca houve na sua história”, numa alusão às várias saídas nos últimos três anos.

Na apresentação oficial da sua candidatura, numa unidade hoteleira de Guimarães, o candidato de 65 anos frisou que os minhotos têm vivido “na aparência da estabilidade” sob a presidência de António Miguel Cardoso, adversário no sufrágio marcado para 01 de março, tendo estimado que houve mais de 100 saídas em três anos, entre jogadores, treinadores, dirigentes e funcionários.

“Nove treinadores de futebol em três anos? É isto a estabilidade? Um entra e sai de jogadores como não há memória na história do Vitória. Um entra e sai de dirigentes como nunca houve na história do Vitória. Diversas pessoas saíram. São mais de 100 pessoas. É uma debandada de jogadores, uma debandada de treinadores, uma debandada de dirigentes. Há uma instabilidade neste clube como nunca houve na sua história”, disse.

Vice-presidente do clube em 2012 e ‘vice’ da Mesa da Assembleia Geral entre 1995 e 1998, Luís Cirilo Carvalho realçou que “já chega de viver de aparências”, quer a nível financeiro, quer a nível desportivo, tendo reconhecido que a equipa de futebol está a fazer “uma grande época” na Liga Conferência, prova em que se apurou para os oitavos de final, mas está aquém nas restantes provas.

O candidato defendeu que a equipa vimaranense tem de estar sempre nas quatro primeiras posições da I Liga e que ficar no quinto posto “está mal”, numa altura em que ocupa o sétimo lugar da prova, e disse que é “melhor nem falar” da eliminação da Taça de Portugal, perante o Elvas, do Campeonato de Portugal, nos oitavos de final (2−1), tendo ainda criticado “a rotação altíssima de jogadores” que impede “um trabalho em profundidade” a qualquer treinador.

O sócio número 586 criticou igualmente a aparência da “recuperação financeira”, tendo focado a evolução do passivo nos três anos sob a presidência de António Miguel Cardoso – os relatórios e contas mostram que o valor acumulado entre clube e SAD aumentou de 57,9 para 72,4 milhões de euros.

Cirilo Carvalho reforçou ainda que o Vitória SC, enquanto quarto clube com mais participações na I Liga e melhor média de assistência no seu estádio, deve ser “mais transparente”, “ter mais influência” no futebol português e enriquecer o palmarés.

“Somos um clube grande com um palmarés pequeno. Face à grandeza da sua massa associativa e da sua história, a nossa sala de troféus não tem a repercussão justa e merecida”, admitiu.

Luís Cirilo Carvalho salientou ainda que o Estádio D. Afonso Henriques, com lotação de 30.000 lugares, é “um bom estádio, a precisar de obras” e que o Pavilhão Desportivo Unidade Vimaranense é “curto para as necessidades” das modalidades de pavilhão.

Criticou ainda a ausência de António Miguel Cardoso na celebração do título nacional masculino de polo aquático em 2022/23, tendo defendido que um título nacional de qualquer modalidade é “sempre uma coisa maior”.

“Se o Vitória for campeão de polo aquático nesta época e for presidente do clube, salto para a piscina para festejar com os jogadores. Nunca uma equipa campeã nacional terá a ausência do seu presidente”, disse.

Apoiado por António Pimenta Machado, presidente do clube entre 1980 e 2004, Luís Cirilo Carvalho encabeça uma lista com Jorge Folhadela, Albino Teibão, Cristina Cepa e Filipa Silva como vice−presidentes da direção, Pedro Carvalho como candidato à Mesa da Assembleia Geral, Marcos Carvalho como candidato ao Conselho Fiscal e Alexandra Pinto Coelho como candidata ao Conselho de Jurisdição.

 
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