O candidato socialista à Câmara Municipal de Famalicão, Nuno Sá, afirmou este fim de semana que o seu adversário e recandidato da coligação de direita PSD-CDS, Paulo Cunha, “é um embuste político”.
Falando na presença de António Costa, secretário-geral do PS e primeiro-ministro, que no sábado, esteve em Vila Nova de Famalicão apoiar o candidato do PS, Nuno Sá fez um rasgado elogio aos antigos autarcas Agostinho Fernandes e Armindo Costa (PSD-CDS), mas deixou o atual edil, Paulo Cunha com as orelhas a arder.
“Num tempo em que Portugal avança e fica melhor, a Câmara de Famalicão dá sinais de esgotamento político. Em consequência disso, a cidade e o concelho marcam passo”, declarou Nuno Sá, citado numa nota enviada a O MINHO, acrescentando que, Famalicão já teve presidentes da Câmara “que rasgaram horizontes e fizeram obras que ficaram para a história da cidade e das freguesias”. E concretizou: “Os presidentes Agostinho Fernandes e Armindo Costa deixaram obras marcantes. Agora temos um Presidente da Câmara que trocou as obras e a capacidade de fazer pelas fotografias nos jornais e no Facebook.”
Nuno Sá criticou ainda “uma equipa de vereadores e avençados que está acomodada aos salários chorudos no final do mês”.
“Hoje temos assessores de cartão laranja a ganhar mais do que o Presidente da Câmara, o que é algo nunca visto em Famalicão”, acusou.
As contradições apontadas pelo PS
Na sua intervenção, Nuno Sá deixou alguns compromissos eleitorais, sendo um deles o aumento de 50% das verbas livres para as juntas de freguesia, que fará parte do designado “Programa Famalicão em Marcha 2017-2030”, com compromissos e medidas em todas as áreas da governação municipal, na perspetiva de uma estratégia municipal do PS planificada para um horizonte de 12 anos.
Porém, o candidato ao PS não perdeu o ensejo para criticar o atual presidente. Avaliando Paulo Cunha pelos “oito anos de responsabilidade na Câmara Municipal”, como vice-presidente, “em que teve quatro anos de palco para se promover” e como presidente, desde 2013, Nuno Sá considera que “estamos perante um embuste político”.
E justificou: “Nestes 8 anos, o meu adversário visitou empresas e elogiou empresários, mas esqueceu os trabalhadores”, pois “esteve calado e conivente quando o Governo de Passos Coelho aprovou um grande aumento de impostos” e “decidiu cortar salários e pensões de reforma”, num quadro de políticas de austeridade sem precedentes em Portugal.
Nuno Sá considera que “são contradições e mais contradições” e ferir a atual presidência PSD-CDS, que “teve vergonha de convidar Passos Coelho para a campanha”.
“É por estas contradições políticas que a minha candidatura à Presidência da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão é, antes de mais, um imperativo cívico”, justificou, prometendo ser “um presidente para todos os famalicenses e não apenas para alguns amigos”.