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O cabeça-de-lista no círculo de Braga pelo PS às legislativas de março, José Luís Carneiro, lembrou ontem os emigrantes do Minho durante um fórum dedicado à diáspora portuguesa realizado pela Federação de Braga do PS, no Salão Nobre do Arquivo Municipal de Fafe.
Segundo a Federação Distrital do PS em Braga,, há cerca de 150 mil portugueses oriundos da região do Minho em todo o mundo.
O fórum contou também com Paulo Pisco, cabeça de lista do PS pelo circulo eleitoral da Europa e Augusto Santos Silva, cabeça de lista do PS pelo circulo eleitoral fora da Europa, num debate moderado por Daniel Bastos, historiador e autor de diversas publicações sobre as comunidades portuguesas.
“Também fui emigrante”
Citado em comunicado enviado a O MINHO, Frederico Castro, presidente da Federação de Braga do PS, lembrou a experiência pessoal como emigrante até aos 6 anos de idade e mostrou-se “muito motivado para trabalhar novamente em conjunto com os candidatos a deputados à Assembleia da República para a defesa dos interesses da população do distrito de Braga e dos emigrantes que partiram deste distrito mas continuam a ser deste distrito”.
“Arrancamos em Fafe, um concelho de grandes vitórias socialistas, com um tema que nos é muito caro – a diáspora portuguesa”, disse o também presidente da Câmara da Póvoa de Lanhoso.
“Servi os portugueses fora do país”
José Luís Carneiro, citado na mesma nota, lembrou ter servido “os portugueses que vivem fora do país enquanto Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas entre 2015 e 2019”, destacando que “o PS procura sempre reforçar a relação com os emigrantes”.
“Foi assim que, no âmbito do Programa Simplex +, aprovamos o recenseamento automático para os cidadãos portugueses residentes no estrangeiro, o que constituiu uma verdadeira revolução para as Comunidades Portuguesas, passando a haver mais cerca de um milhão e meio de inscritos nos cadernos eleitorais, consagrando-lhes igualdade aos portugueses residentes. O voto em mobilidade e o voto em braille são também iniciativas socialistas”, considerou José Luís Carneiro.
Já Paulo Pisco, citado na mesma nota, afirmou que “existem portugueses em 186 países, a governação socialista tem sido pioneira no mapeamento das comunidades e na criação de programas que promovem o regresso a Portugal mas reconhecemos que os serviços prestados podem e devem ser melhorados continuamente”.
“Temos portugueses em cargos de relevância”
Augusto Santos Silva, por sua vez, e também de acordo com a nota enviada, referiu a importância de “apoiar a organização dos cidadãos portugueses a viver fora de Portugal para criar uma rede de boa influência.
“Hoje temos portugueses em cargos de grande relevância como o nosso António Guterres, Secretário Geral das Nações Unidas. Precisamos atender à diversidade e dinamismo dos portugueses espalhados pelo mundo”, lembrou.
Salientou anda existirem “mais exportações para os países onde temos mais portugueses, há mais fluxos de turismo dos países onde temos as grandes comunidades e há mais investimento em Portugal dos países onde temos maior número de portugueses”.
Manifestação de polícias é “uma conquista de Abril”
Augusto Santos Silva abordou o facto de decorrer uma manifestação de polícias e militares à porta do local do forum, e enalteceu a “importância e valor da democracia”.
“Todos temos o direito a livremente expressar as nossas opiniões. Esta é uma das maiores conquistas de Abril. Todos temos o direito à manifestação mas também à expressão e organização política. O PS continuará as suas iniciativas por forma a esclarecer os portugueses apelando ao seu voto de confiança no nosso trabalho”, disse.