O candidato do PS à Câmara de Braga, Hugo Pires, constatou que falta habitação a preços acessíveis no concelho, durante uma jornada de pré-campanha eleitoral.
Este “Tempo de Ouvir”, em que está a auscultar o “sentir e as sugestões” da população bracarense e das suas entidades representativas, levou, neste fim de semana, o candidato socialista às freguesias de Nogueiró, Tenões, Gualtar, Este São Pedro e Este São Mamede.
O tema da habitação, embora suscitado em Nogueiró – onde a comitiva foi acompanhada pelo presidente da Junta desta união de freguesias –, teve particular enfoque na freguesia de Gualtar, onde os Census 2021, em curso, deverão ditar um significativo acréscimo da população.
“A questão da habitação, designadamente a preços acessíveis, é um problema repetido nos contactos que temos mantido; no seu planeamento, a Câmara Municipal de Braga descurou redondamente esta realidade; vamos ter de resolver isso”, considerou Hugo Pires, no final das visitas deste sábado.
Foi ainda no âmbito da habitação, desta feita de cariz social, que o candidato socialista estranhou “o desmantelamento da BragaHabit”, empresa municipal que gere o parque habitacional municipal e os apoios sociais que o Município disponibiliza e que, esquecendo o seu objeto, “se pretende transformar numa construtora “’low cost’”.
Depois do Monte da Consolação, em Nogueiró, onde dialogou com uma vasta comitiva liderada por Artur Ribeiro, o candidato à presidência da Câmara Municipal de Braga foi recebido em Gualtar, onde João Paulo Vieira, o presidente da autarquia, lhe deu conta de um “prestigiante trabalho” desenvolvido ao longo dos últimos anos.
“Gualtar é uma honra para o Partido Socialista; aqui se espelha bem a qualidade dos nossos autarcas; está de parabéns o João Paulo Vieira, como está igualmente o seu antecessor; João Nogueira”, fez questão de lembrar Hugo Pires, que ouviu falar então de ambições consumadas, uma grande parte por exclusivo trabalho da Junta de Freguesia, mas essencialmente do “tanto que falta fazer”.
E foi nesta conversa que o candidato socialista ouviu falar de uma escola EB1 “construída há três anos e que vai agora sofrer obras significativas”, que ouviu falar de um conjunto de loteamentos privados que permanecem por concluir, com todas as consequências daí derivadas, e que ouviu falar “do estado deplorável” de um significativo número de estradas da freguesia.
“A Câmara Municipal de Braga não está a conseguir planear, não está a conseguir acompanhar os movimentos demográficos e o crescimento da cidade; Isso torna-se evidente aqui em Gualtar, tal como confirmamos já noutros âmbitos, de que a sobrecarga da ETAR de Frossos é apenas mais um exemplo; a gestão municipal não está a conseguir antecipar os problemas”, lembrou.