Candidato à câmara do Porto acusa CP de desinvestir na ligação a Vigo

Após anúncio de transbordo em Viana
Candidato à câmara do porto acusa cp de desinvestir na ligação a vigo
Foto: CM Viana do Castelo / Arquivo

O candidato independente à Câmara do Porto Filipe Araújo acusou hoje a CP de desinvestimento e desinteresse na ligação Porto-Vigo, após a empresa ter anunciado que o comboio internacional Celta vai obrigar a transbordo em Viana do Castelo.

“Esta alteração, feita de forma pouco transparente, sem diálogo com quem está no terreno e no mês de turismo por excelência, demonstra que a CP assume uma postura do ‘quero, posso e mando’, ignorando os interesses dos portuenses, dos nortenhos, dos galegos e dos empresários dos dois países”, afirmou, citado em comunicado, o cabeça de lista do movimento “Filipe Araújo: Fazer à Porto”.

Para o candidato, que é atualmente vice-presidente da autarquia, não é possível perceber aquilo que considera ser um “desinvestimento” no comboio internacional Celta, responsável pelo trajeto Porto-Vigo, e acusa a Comboios de Portugal – CP de “desinteresse” por uma “ligação estratégica para o Porto e para a região Norte”.

Filipe Araújo lamentou que a CP não tenha apresentado uma “justificação válida” para a necessidade de transbordo em Viana do Castelo e diz não estar a ser dada informação aos passageiros sobre a nova duração que terá a viagem Porto-Vigo, que acredita que será “claramente mais longa”.

A CP não justificou o porquê das alterações neste serviço, mas o candidato cita a imprensa espanhola para acusar a empresa de falta de planeamento: “esta alteração está relacionada com o facto de as automotoras estarem a atingir o limite de quilómetros, o que obriga a revisões profundas, e de não existir qualquer acordo entre a CP e a espanhola RENFE sobre o pagamento desses trabalhos de manutenção”.

A Lusa tentou obter esclarecimentos junto da CP e aguarda resposta.

Na passada sexta-feira, a CP revelou que o comboio internacional Celta vai obrigar a transbordo em Viana do Castelo a partir de 17 de agosto, para permitir “garantir a continuidade do serviço”.

Em comunicado, a CP afirmou ser uma medida “excecional e temporária”, sem indicar qual a data de conclusão dos “ajustes transitórios” no serviço que é operado em conjunto com a espanhola Renfe desde julho de 2013, ligando Vigo ao Porto com paragens em Valença, Viana do Castelo e Nine.

De acordo com a CP, a partir de 17 de agosto, “o trajeto entre Porto-Campanhã e Viana do Castelo será assegurado por automotoras elétricas UTE 2240, mantendo-se as automotoras UTD 592 no percurso Viana do Castelo–Vigo”.

“Trata-se de uma medida excecional e temporária, sem qualquer supressão de comboios. O serviço manter-se-á assegurado com a introdução de transbordo em Viana do Castelo”, assegurou, sem esclarecer qual o motivo de o serviço passar a ser operado por dois tipos diferentes de automotoras e de ser necessário transbordo.

 
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