A organização do VI Campeonato do Mundo de trail, a ter lugar no Parque Nacional Peneda-Gerês (PNPG), a 29 de outubro, confirmou hoje 42 seleções e espera, com as corridas abertas ao público, cerca de 2.000 participantes.
Segundo Carlos Sá, ultramaratonista português e principal responsável pela organização, este será o Campeonato do Mundo de trail com mais participantes de sempre, estando já garantidos mais de 300 atletas (aguardam ainda mais inscrições) só para os 85 quilómetros da corrida, que percorrerá cinco concelhos do PNPG e que terá partida das pontes de Rio Caldo, em Terras de Bouro, e chegada a Arcos de Valdevez (ainda Melgaço, Montalegre e Ponte da Barca).
Na prova, hoje apresentada em Braga, cidade anfitriã do evento, estão já confirmadas 42 seleções (35 seleções no último Mundial), com os franceses Sylvain Court e Nathalie Mauclair, campeões do mundo masculino e feminino respetivamente, com presenças já garantidas.
Além do evento principal, exclusiva aos participantes do Campeonato do Mundo, haverá mais três provas abertas ao público em geral: uma de 16 quilómetros, outra de 55 km e outra ainda de 55 km, com estafetas, esperando a organização cerca de 2.000 atletas, entre participantes destas corridas e do Mundial.
Os participantes do Mundial de trail terão que percorrer um total de 85 quilómetros, com um desnível positivo (total de ascensão) de 5.000 metros e uma das preocupações da organização, dada a previsível grande deslocação de pessoas, é minimizar o impacto no PNPG.
“Por exemplo, qualquer atleta que seja apanhado a deitar lixo ao chão é desclassificado. Não podemos deixar mais que pegadas e não tirar mais que fotografias. A falta de civismo está a ser aos poucos invertida, mas há ainda muito trabalho pela frente”, disse.
Quanto ao retorno financeiro, Carlos Sá pensa que possa ascender a muitas centenas de milhares de euros, “muito mais do que se investe”.
O desportista e organizador defendeu que o trail “é o desporto que mais cresce no mundo, 30 por cento ao ano segundo um estudo feito há dois anos nos Estados Unidos, em Portugal muito mais, há muita potencial para evoluir”.
O presidente da Câmara de Braga, Ricardo Rio, destacou o desporto também como ativo económico, notando que “esta prova é um extraordinário cartão-de-visita para esta região”, tendo destacado o facto da hotelaria bracarense estar lotada por vários dias.
O autarca de Arcos de Valdevez lembrou que o seu concelho sofreu este verão o terceiro grande incêndio em 10 anos e considerou que o evento “pode também a ajudar a alertar as entidades que tutelam o PNPG” para as intervenções florestais necessárias para um melhor combate aos fogos.
Uma semana antes, os participantes das várias seleções começam a ser recebidos em Braga, sendo esperados cerca de 200.000 visitantes ao longo da prova.
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