O aumento significativo do número de peregrinos do Caminho Português de Santiago constitui um “ativo económico” que deve ser valorizado. A ideia foi defendida, esta quinta-feira, pelo presidente da Câmara Municipal de Braga, Ricardo Rio, durante a conferência de imprensa que serviu para apresentar o Fórum ‘Análise e Futuro do Caminho Português de Santiago’ que decorrerá no dia 8 de outubro, na Reitoria da Universidade do Minho, em Braga.
No encontro com os jornalistas, Ricardo Rio destacou o facto de, este ano, quase 40 mil peregrinos já terem percorrido o Caminho Português de Santiago, o que representa um aumento de 30 por cento relativamente a 2014.
“Sem prejuízo da sua dimensão espiritual, acreditamos que o Caminho Português tem um grande potencial económico ainda por explorar”, sustentou o Edil que também preside o Eixo Atlântico.
Organizado pelo Eixo Atlântico em parceria com o Município de Braga e outras entidades, o fórum é mais um contributo para o trabalho de promoção e valorização do Caminho Português de Santiago que tem sido efetuado por diversas instituições. A este nível, Ricardo Rio enalteceu a cooperação institucional que tem existido na Euro-Região, em particular no plano eclesiástico, “com o diálogo estabelecido entre Santiago de Compostela e Braga”.
Neste Fórum será apresentado um primeiro estudo do traçado do Caminho Português de Santiago que irá ajudar a identificar as lacunas existentes, quer em termos de sinalização, quer em termos de acolhimento de peregrinos. Outro dos assuntos a abordar no encontro será a classificação do Caminho Português como Património Imaterial da Humanidade.
Já para Xoán Mao, secretário-geral do Eixo Atlântico, o Caminho de Santiago é um dos melhores produtos de marketing turístico.
“Queremos que estas cerca de 40 mil pessoas que percorrem o Caminho Português conheçam melhor Portugal”, afirmou, considerando que o Aeroporto Francisco Sá Carneiro tem de ser uma das portas de entrada de Santiago.
Por seu turno, Rafael Bargiela, director-geral do Xacobeo, revelou que o Caminho de Santiago é atualmente uma “marca estupenda” que é preciso aproveitar a nível turístico.
“Acreditamos no potencial do Caminho Português e é por essa razão que estamos a trabalhar com o Eixo Atlântico na realização do estudo sobre este traçado”, concluiu.
O Fórum ‘Análise e Futuro do Caminho Português de Santiago’ realiza-se no próximo dia 8 de outubro, na Reitoria da Universidade do Minho. A sessão de abertura está marcada para as 09h30 com as intervenções do presidente da Câmara de Braga, Ricardo Rio, de Alfonso Rueda, vice-presidente da Junta da Galiza, de D. Jorge Ortiga, Arcebispo Primaz, e de António Cunha, Reitor da Universidade do Minho.