Os quatro projetos finalistas de um concurso de ideias lançado pela Câmara de Caminha para a reabilitação do mercado municipal, desenhados por alunos de arquitetura da Escola Superior Gallaecia (ESG), vão ser apresentados publicamente, na sexta-feira.
Em comunicado, a Câmara de Caminha adiantou que aquelas propostas “respeitaram as opiniões dos comerciantes, têm em comum o facto de pretenderam reconciliar aquele espaço com as pessoas, com o centro da vila e com o rio Minho, e fazer do mercado um polo de atração, dando condições de funcionalidade e conforto aos vendedores”.
Segundo a autarquia “caberá à população escolher, entre as quatro propostas, da autoria de jovens arquitetos da ESG a que virá a ser executada no equipamento construído provisoriamente há 40 anos”.
“O objetivo da Câmara Municipal é, durante os próximos dois anos, ter pelo menos a obra em execução, senão mesmo terminada”, lê-se naquela nota.
Para a autarquia liderada pelo socialista Miguel Alves, trata-se “de uma solução ‘low cost’, uma vez que as propostas foram executadas no quadro curricular, enquanto as obras a executar visam dignificar o equipamento e melhorar as suas condições gerais, melhorando também o aspeto exterior, sem envolver a demolição”.
“A construção de um mercado completamente novo está prevista no projeto de requalificação de toda a marginal, no âmbito da Polis, mas esta será sempre uma solução cara e demorada. A Câmara decidiu avançar já com uma intervenção intermédia, não se conformando com a manutenção das condições atuais”, justificou a autarquia.
Os projetos, a apresentar na sexta-feira, às 21h30, no teatro municipal Valadares, foram escolhidos por um júri que integrava, entre outros membros, o pintor Henrique Silva, o diretor artístico da Bienal Internacional de Arte de Vila Nova de Cerveira.
O concurso de ideias com vista à reabilitação e requalificação do mercado municipal foi aprovado pelo executivo municipal, em abril passado.
O objetivo da autarquia passa por “valorizar o atual edifício, com novas valências, atualizar a oferta comercial do equipamento, melhorar as suas condições de higiene e segurança e harmonizar o edifício com contexto paisagístico e arquitetónico da zona”.
“Pretende-se transformar o edifício numa peça de referência da linha de marginal, através da eliminação da barreira visual, atualmente existente, criando um espaço permeável e de transição entre o núcleo urbano e a zona ribeirinha”, lê-se na proposta camarária.
O concurso de ideias dirigia-se a todos os alunos inscritos naquela escola superior, do Mestrado Integrado em Arquitetura e Urbanismo, Design e Artes Plásticas, e Multimédia.