O ‘ferryboat’ que liga Caminha, no Alto Minho, a A Guarda, na Galiza, vai parar no sábado às 13:00 e todo o dia de domingo, assim como no fim de semana seguinte, para cumprir o recolher obrigatório.
Em comunicado, a Câmara de Caminha justificou a interrupção da atividade da embarcação com a necessidade de serem “as autoridades municipais a dar o exemplo do cumprimento da legislação”.
“Tendo presentes as últimas decisões do Conselho de Ministros que deram conteúdo prático e legal ao estado de emergência que o país vive, e tendo em conta que Caminha é um dos 121 concelhos com risco elevado de infeção e por isso está especialmente abrangido por estas decisões, em especial as mais gravosas, o ‘ferryboat’ que faz a travessia entre Caminha e A Guarda vai interromper a atividade nos dias 14, 15, 21 e 22 de novembro, a partir das 13:00”, sustenta a nota.
O ‘ferryboat’ internacional esteve parado entre os dias 30 de outubro e 03 deste mês, na sequência da proibição, pelo Governo, de circulação entre concelhos portugueses.
Na ocasião, em comunicado, a autarquia justificou a interrupção do serviço pelo facto “de o ‘ferryboat’ realizar uma travessia que vai além do concelho de Caminha”.
O ‘ferryboat’ Santa Rita de Cássia começou a cruzar o rio Minho em 1995.
Caminha é único concelho do vale do Minho que depende do transporte fluvial para garantir a ligação regular à Galiza. Vila Nova de Cerveira, Valença, Monção e Melgaço dispõem de pontes internacionais.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.275.113 mortos em mais de 51,5 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 3.103 pessoas dos 192.172 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.