Um grupo de feirantes de Braga voltou hoje ao protesto defronte do edifício dos Paços do Concelho contra a mudança de local. Para a Alameda do Estádio, decidida pela Câmara até que a pandemia termine e as regras sanitárias impostas pelo Governo sejam reduzidas ou terminem.
A concentração, que juntou cerca de 30 pessoas, contou hoje com o apoio de Alexandra Vieira, deputada do BE na Assembleia da República, e de Alfredo Ribeiro, membro da assembleia de freguesia de Sâo Lázaro, pelo mesmo partido. Este autarca disse não compreender a “insensibilidade” da Autarquia perante a inatividade dos feirantes e sustentou que, “com boa vontade” era possível coloca-los, agora, junto ao mercado, recorrendo a ruas vizinhas.
Já o porta-voz dos comerciantes, Hélder Oliveira disse que a questão principal é apenas uma: “Na Alameda não há clientes. Ir para lá está fora de questão”.
Entretanto, o grupo vai, agora, proceder à recolha de assinaturas num abaixo-assinado a entregar no Município.
Conforme O MINHO noticiou, ontem, os feirantes haviam estado reunidos com a vereadora Olga Pereira, não tendo as partes chegado a acordo.
Os feirantes que operavam no exterior do mercado têm de ir para a alameda do novo estádio municipal até que a pandemia acabe ou até que a Direção Geral de Saúde altere as regras de distânciamento social.
Foi esta a posição que a vereadora Olga Pereira, ontem, tomou: “O espaço onde trabalhavam, às quintas-feiras e aos sábados, uma rua do exterior do mercado não tem condições para que sejam cumpridas as normas de segurança sanitária impostas pelo Governo. E não há nenhum local no centro da cidade disponível”, explicou. De manhã, o presidente do Município, havia já recebido o advogados dos feirantes, Francisco Peixoto.
Câmara garante regresso
Olga Pereira garantiu, também, aos feirantes que a Câmara garante o seu regresso ao exterior do mercado, logo que o Governo altere as regras atuais, ou dê a pandemia como ultrapassada. O grupo pediu que a Câmara lhes entregasse um documento com uma “promessa” nesse sentido, o que foi recusado: “a Câmara só tem uma palavra. Ou confiam ou não há nada a fazer”.
Já o porta-voz do grupo, Hélder Oliveira criticou a postura camarária. que os feirantes voltam esta manhã ao protesto em frente aos Paços do Concelho: “Há intransigência da Câmara. Vamos, também, fazer abaixo-assinados”, disse. Acrescentou que os feirantes “não descansam até que o problema fique solucionado”.
De manhã, um grupo de 50 feirantes, metade dos que operavam no exterior do mercado, manifestara-se, em frente aos Paços do Concelho, contra a decisão do Município de os levar para junto do estádio. Com palavras de ordem como “Feirantes, queremos trabalhar», «Mercado existe há mais de 100 anos» e «Estámos revoltados».