Câmara de Fafe aprova orçamento com 16,3 milhões de euros de investimento para 2018

A Câmara de Fafe anunciou esta quarta-feira a aprovação do orçamento para 2018, no valor global de 38,5 milhões de euros e um investimento previsto de 16,3 milhões em várias infraestruturas do concelho.

O documento foi aprovado com quatro votos a favor do PS, quatro abstenções do movimento independente Fafe Sempre e um voto contra da coligação PSD/CDS.

O presidente Raul Cunha (PS) avançou à Lusa que o orçamento “vai permitir que em 2018 se continue a desenvolver políticas de apoio aos munícipes que se encontram em maiores dificuldades” e acentuará a descentralização para as juntas de freguesias e coletividades.

Em 2018, frisou, dar-se-á seguimento a “obras estruturantes e com forte impacto para a comunidade iniciadas em 2017, como a requalificação da Escola Secundária de Fafe e do Centro Educativo Carlos Teixeira”.

Ainda ao nível das infraestruturas, vai avançar a construção do nó de acesso à zona industrial de Arões/Golães, a requalificação do Bairro da Cumieira, a regeneração urbana da cidade e a construção de um novo canil municipal.

A conclusão da estrada de Antime a Silvares S. Clemente, a ligação à localidade de Passos, o arranjo do Largo 1º de Dezembro e a construção de uma nova artéria nas traseiras da antiga estação ferroviária da cidade são outras realizações com dotação financeira.

O documento aponta ainda para o alargamento das redes de água e saneamento, a melhoria do parque da cidade e a requalificação da Praça 25 de Abril e dos passeios da Avenida do Brasil.

No próximo ano avançará também a requalificação da zona industrial do Socorro, melhorando-se as infraestruturas de estacionamento, trânsito, sinalização e passeios.

A central de camionagem vai também ser melhorada em 2018, prometeu o presidente.

Por outro lado, a câmara vai devolver 2% do IRS aos munícipes, ao mesmo tempo que se vão manter vários eventos de promoção da cidade e do concelho, para dinamizar a economia local.

Raul Cunha concluiu que o orçamento de 2018 é um documento “bem estruturado, adaptado às necessidades de Fafe e que permitirá o desenvolvimento sustentável do concelho”.

Do lado da oposição, Antero Barbosa, primeiro vereador do movimento Fafe Sempre (FS), justificou a abstenção em nome do “superior interesse de não prejudicar o concelho”.

A maior força da oposição, com quatro assentos no executivo, considera que o orçamento de 2018 “não dá as melhores indicações quanto à afetação dos recursos disponíveis, nomeadamente a aplicação de quase 60% das receitas em despesas correntes”.

Na declaração do voto, o FS criticou “a falta de estratégia de desenvolvimento económico capaz de ser atrativo ao tecido económico para gerar emprego e criar riqueza no concelho”.

Por seu turno, o PSD criticou a “suborçamentação” de algumas rubricas do orçamento, o aumento das despesas correntes e a suspensão de “alguns projetos que vinham do anterior mandato”, nomeadamente a zona industrial de Regadas.

O vereador social-democrata Jorge Costa criticou que “se deite ao lixo dinheiro de projetos importantes para o desenvolvimento de Fafe, só pelo facto de os mesmos não serem da autoria do PS”.

 
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