O presidente da Câmara de Guimarães, Domingos Bragança, manifestou o seu “profundo pesar” pela morte do pensador português Eduardo Lourenço, que fez parte do conselho geral da Fundação Cidade de Guimarães, destacando o “precioso legado literário e ensaístico” que deixa.
“Homem de trato afável e simplicidade desarmante para alguém da sua estatura intelectual e notoriedade, Eduardo Lourenço deixa-nos um precioso legado literário e ensaístico, fundamental para a compreensão de Portugal e dos portugueses”, pode ler-se na nota emitida pela autarquia.
O documento recorda que o filósofo português fez parte do conselho geral da Fundação Cidade de Guimarães, órgão de aconselhamento e acompanhamento de Guimarães Capital Europeia da Cultura, em 2012.
“Tendo prontamente aceitado o convite para integrar aquele órgão, Eduardo Lourenço deslocou-se diversas vezes a Guimarães para participar nas suas reuniões, invariavelmente enriquecidas com a sua visão, o seu pensamento e a sua cultura”, vinca o texto.
Domingos Bragança manifestou o seu “profundo pesar” e endereçou à família enlutada “as mais sentidas condolências”.
Conselheiro de Estado, professor, filósofo, escritor, crítico literário, ensaísta, interventor cívico, várias vezes galardoado e distinguido, Eduardo Lourenço foi um dos pensadores mais proeminentes da cultura portuguesa.
Eduardo Lourenço Faria nasceu em 23 de maio de 1923, em S. Pedro do Rio Seco, no concelho de Almeida, distrito da Guarda, e morreu hoje, em Lisboa, aos 97 anos.
Prémio Camões e Prémio Pessoa, recebeu também o Prémio Europeu de Ensaio Charles Veillon, o Prémio da Academia Francesa, e foi agraciado com as Grã-Cruz da Ordem de Sant’Iago da Espada da Ordem do Infante D. Henrique e da Ordem da Liberdade.
Foi ainda nomeado Oficial da Legião de Honra da França e consagrado doutor ‘Honoris Causa’ pelas universidades do Rio de Janeiro, de Coimbra, Nova de Lisboa e de Bolonha.