A Câmara de Esposende aprovou hoje um orçamento de 30 milhões de euros para 2021, o “maior de sempre”, mas com a oposição a criticar a falta de investimento na Saúde e Ação Social.
De acordo com a informação veiculada pelo município, o executivo aprovou em reunião, com o voto contra da oposição Juntos Pela Nossa Terra, os documentos do Orçamento municipal, das Grandes Opções do Plano, Mapa de Pessoal e as posições integradas da autarquia na Esposende Ambiente e a Esposende 2000.
Em termos de “política fiscal”, a autarquia destacou uma “estabilidade ímpar” mantida para 2021, “nivelada pelos mais baixos impostos e taxas que é permitido a um município praticar ao abrigo da legislação em vigor”, apontando que o Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) é de 0.30, a ausência de Derrama assim como as isenções de pagamento de ocupação de espaço publico ou de publicidade.
“Este é um orçamento que não desinveste em nenhum setor em particular, antes pelo contrário, incrementa mesmo o investimento em algumas áreas de intervenção, desde a Cultura à Educação, do Desporto à Atividade Económica, da Coesão Social à Proteção Civil”, assegurou o presidente da autarquia, Benjamim Pereira (PSD).
Em declarações à Lusa, o vereador da oposição, Rui Pereira, afirmou que o orçamento apresentado é “avultado no valor, à semelhança dos anteriores, que foram altos em valor e muito fracos na execução”.
“Como nos anteriores, estão inscritos investimentos que têm vindo a ser inscritos mas que há dois ou três anos deviam estar concretizados. Vão sendo arrastados ano após ano”, disse.
Rui Pereira criticou ainda as opções da maioria do executivo em matérias de Saúde e Ação Social.
“Aquilo que deviam ser apostas concretas num ano que ainda será de pandemia ou pós-pandemia, com muitos desafios na área da Saúde e da Ação Social, isso não se reflete no documento”, disse.
“O Orçamento para 2021 continua a ser um documento de obras e pavimentações e que vive à custa dos impostos dos munícipes”, finalizou.