Câmara de Cerveira termina relações comerciais com Santander após fecho de balcão

Autarquia vai privilegiar instituições bancárias com presença no concelho
Câmara de cerveira termina relações comerciais com santander após fecho de balcão
Foto: DR

O presidente da Câmara de Cerveira anunciou hoje do fim das relações comerciais com o Santander, após o banco anunciar para dia 20 o encerramento do balcão do concelho.

Além da decisão de “descontinuar todas as relações comerciais” com o Santander Totta, “privilegiando as duas instituições bancárias que mantêm balcões físicos no concelho”, o autarca independente Fernando Nogueira critica a posição do Partido Socialista relativamente à intervenção na banca portuguesa.

“A verdade é que, quando as coisas correm mal, o Partido Socialista intervém para salvar os bancos das más decisões que vão tomando, aparecendo com o saco cheio de euros e injetando muitos milhões que são dos contribuintes e, portanto, de todos nós”, refere o autarca citado numa nota enviado hoje às redações.

“Esperamos que os Cerveirenses reflitam e estejam atentos a esta realidade, e tomem as decisões mais acertadas para defesa dos seus interesses”, reforça o autarca eleito pelo Movimento PenCe – Pensar Cerveira.

A Lusa contactou o banco Santander, mas sem sucesso.

Fernando Nogueira adianta que, “em setembro, quando surgiram os primeiros rumores sobre o encerramento do balcão”, solicitou uma reunião à administração daquela instituição bancária “que garantiu que, naquele momento, não existia motivo para preocupações”.

“Nesse encontro foram apresentados argumentos bem explícitos que sustentavam a manutenção desta dependência bancária no concelho de Vila Nova de Cerveira. Somos o 13º município mais exportador da região Norte (num total de 86 municípios) e o segundo do Alto Minho, com um volume de exportações de 700 milhões de euros em 2019. Iniciamos 2020 com valores de exportações muito significativos de 174,5 milhões de euros, sendo o primeiro no distrito de Viana do Castelo”, realçou.

O autarca argumentou ainda com “o segundo melhor rendimento ‘per capita’ do distrito, o mais significativo aumento populacional dos 10 concelhos da região, com uma variação percentual positiva, entre 2018 e 2019”.

Argumentos que, segundo o autarca, “não foram suficientes para que a administração do Santander reconsiderasse esta decisão unilateral que, neste contexto, para um leigo, pode ser encarada como má gestão”.

“Infelizmente, na sua ótica, as instituições bancárias estão a proceder a otimizações de recursos e a encerrar vários balcões pelo país, mas não se pode descurar a realidade específica dos territórios e as necessidades das pessoas mais idosas, sem possibilidades de efetuar as suas transações via internet ou de realizar deslocações devido ao peso no orçamento familiar”, sustenta.

Em outubro, também o presidente da Câmara de Melgaço, no distrito de Viana do Castelo manifestou o seu “total descontentamento” pelo encerramento do balcão no concelho, acusando a administração do banco de estar a “virar as costas” à população.

Manoel Batista adiantou ter sido informado de que o fecho do balcão está previsto para o dia 13.

 
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