A Câmara de Braga discute e vota esta quarta-feira, em reunião do Executivo, a abertura do procedimento de classificação como bem cultural de interesse municipal, das três fachadas do edifício principal da antiga fábrica Confiança, voltadas às ruas, Nova de Santa Cruz, S. Victor-O-Velho e Quinta da Armada, bem como da forma da cobertura e da volumetria do edifício existente. Trata-se de “preservar a memória do legado fabril urbano da Fábrica Confiança e simultaneamente, valorizar o perfil da cidade, se deverá impor a integração da memória da antiga chaminé, entretanto demolida, admitindo-se o recurso a linguagens mais contemporânea e a materiais diversos, mantendo a altimetria existente no passado”.
A proposta acrescenta que, “na mesma perspetiva de preservação do legado memorial o programa funcional da reconstrução a levar a efeito, após a venda em hasta pública em novermbro, deverá prever áreas e espaços interpretativos e de exposição, com uma área útil não inferior a 500 metros quadrados”.
Pretende-se que estes espaços “evoquem e celebrem o passado da fábrica, nomeadamente, através de imagens, espólio e produtos associados a esta unidade fabril que deverão serfacultados ao uso e fruição pública dos cidadãos”.
A venda da Confiança pela Câmara, que terá uma base de licitação de quatro milhões, causou polémica em meios políticos de esquerda e em setores intlectuais, que se opõem ao processo, pretendendo que continue na posse da autarquia.