A Câmara Municipal de Braga vai avançar com o Plano de Pormenor e Salvaguarda do Quarteirão da Ínsula das Carvalheiras, um “notável” conjunto de ruínas arqueológicas “fundamental” para compreender a cidade romana de Bracara Augusta, anunciou esta quinta-feira a autarquia.
Em comunicado, o município explica que com o referido plano, a Ínsula das Carvalheiras, Imóvel de Interesse Publico desde 1990, “passa a ser o centro gerador de toda a organização do espaço envolvente e não o contrário”, como acontecia até agora.
Segundo o vereador do Urbanismo, Miguel Bandeira, “primeiro, é preciso musealizar, proteger e consolidar o valor monumental e só depois associar, articuladamente, o que está previsto construir em função dessa realidade”.
O Plano de Pormenor e Salvaguarda do Quarteirão da Ínsula das Carvalheiras, tem, assim, como principal foco a “preservação e valorização do património cultural existente”, colocando limitações às construções que possam surgir na referida área, concretamente ao nível do número de pisos, dos metros quadrados e das tipologias de materiais a utilizar.
Desta forma, o referido plano “inclui a valorização, proteção e salvaguarda das ruínas arqueológicas, a construção de infraestruturas associadas, a reabilitação do edificado existente e a promoção turística do património arqueológico”, sendo o prazo para o elaborar de 660 dias.
“A valorização patrimonial é um eixo fundamental de atuação do Município de Braga, particularmente no que diz respeito ao legado do período romano e barroco. Nesse sentido, o processo de musealização da Ínsula das Carvalheiras enquadra-se como uma ação prioritária deste Executivo”, concluiu Miguel Bandeira.