Quer a direção dos bombeiros voluntários quer a câmara municipal de Braga estão de acordo: o actual quartel não serve os interesses nem da corporação nem da população. O edifício está a precisar de obras urgentes, o parque automóvel é insuficiente para o número atual de viaturas e as condições para os bombeiros não são as melhores.
Em cima da mesa, segundo palavras do presidente da Câmara de Braga, estão três soluções mas primeiro há que resolver um problema: o financiamento obtido através de fundos comunitários. E é aqui que entra a primeira solução, “que não é nem do agrado da direção nem da câmara municipal”, referiu Ricardo Rio: a requalificação das atuais instalações.
“A candidatura que foi aprovada é para fazer obras de reabilitação nas atuais instalações. Mas esta intervenção nunca agradou quer à câmara quer aos bombeiros, sobretudo, porque a sua área de implantação tem uma pressão enorme e não se resolvia totalmente o problema das viaturas que teriam que continuar a utilizar o largo Paulo Orósio”.
É aqui que entra a segunda solução: a permuta entre os dois quartéis. Isto é, a câmara cede o antigo quartel dos sapadores em troca do edifício dos bombeiros voluntários e a requalificação utilizaria a verba já obtida pelos fundos comunitários.
Mas há um problema: a comissão de gestão dos fundos comunitários teria que aceitar esta troca. “Julgo que é isto que está a ser negociado. Se for aceite, poderá ser esta a solução adotada”, revelou ainda o autarca.
A terceira solução, mais do agrado da direção dos bombeiros, seria a alienação do atual edifício a um privado com este a construir um quartel de raiz, num terreno que o anterior presidente da câmara já havia cedido para o efeito e que está localizado em S. Paio de Arcos.
Ricardo Rio lembra que “com esta solução, o destino do quartel dos bombeiros voluntários seria completamente diferente do atual porque o promotor quererá, com certeza, rentabilizar os investimentos”.
Arquivo municipal ou alargamento da biblioteca
Se a solução adotada passar pela permuta de edifícios entre a câmara e os voluntários, Ricardo Rio já tem umas ideias para a infra-estrutura no Largo Paulo Orósio.
“Poderá passar pela expansão da Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva ou pela criação de um espaço para o arquivo municipal”. Já a instalação de um centro municipal de protecção civil planeado para a área que estava reservado aos Sapadores, “terá que ser repensada”, referiu Ricardo Rio.