Câmara de Braga garante que decisão judicial sobre Sete Fontes não tem “impacto retroativo”

Ricardo Rio fala em “questões de natureza formal”
Câmara de braga garante que decisão judicial sobre sete fontes não tem "impacto retroativo"

O presidente da Câmara de Braga, Ricardo Rio, garantiu hoje que a consolidação do parque ecomonumental das Sete Fontes não fica em causa com a decisão do tribunal de anular o respetivo Plano de Urbanização.

Falando na reunião quinzenal do executivo, após uma interpelação do vereador da CDU, Ricardo Rio disse que a decisão, do Tribunal Administrativo e Fiscal do Braga, teve por bases “questões de natureza formal”, não tendo qualquer “impacto retroativo”.

“Ainda não decidimos se contestamos judicialmente a decisão ou se avançamos para a supressão das falhas apontadas e submetemos à aprovação novo Plano Urbanização”, referiu.

Ricardo Rio adiantou que, dos 30 hectares previstos para o parque, o município já tem a posse ou a fruição de metade.

Como O MINHO noticiou, o Tribunal Administrativo de Braga anulou o Plano de Urbanização das Sete Fontes, desde logo por não ter sido concluído no prazo previsto.

Outros pontos foram a omissão do plano de financiamento e fundamentação da sua sustentabilidade económica e financeira e a ilegalidade da fixação do valor expropriativo.

O tribunal diz que o plano “define critérios de avaliação para a expropriação que só o legislador pode definir, no Código das Expropriações”.

No entanto, a sentença sublinha que em causa estão “vícios formais, pelo que pode ser feito novo regulamento com a expurgação dos mesmos”.

O vereador do PS Artur Feio disse o parque não será uma realidade até ao final deste mandato, considerando que caiu “a promessa eleitoral mais transversal” dos três mandatos de Ricardo Rio, recebendo deste a resposta “vamos ver”.

O parque contará com 30 hectares de espaço verde público, 30 hectares de área florestal privada e 30 hectares de área urbana, com criação de praças, pequenas edificações de apoio, miradouros, percursos pedestres e cicláveis.

O elemento central das Sete Fontes é o ancestral sistema de abastecimento de águas à cidade de Braga, uma obra hidráulica do século XVIII classificada como monumento nacional desde 2011.

 
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