O Município de Braga analisa, segunda-feira, na reunião pública do Executivo municipal, uma proposta do pelouro do turismo para a criação de um Regulamento para aplicação de uma taxa municipal turística. “A atividade turística no Município tem vindo a denotar um desenvolvimento muito significativo ao longo da última década, afirmando Braga como um dos principais destinos turísticos portugueses”, diz a Autarquia.
E acrescenta: “as estatísticas demonstram um crescimento manifesto nos últimos anos, nomeadamente no que se refere ao número de hóspedes, que cresceu cerca de 42%, de 2014 para 2017, bem como no número de oferta turística disponível nos estabelecimentos de alojamento local, que era de 15 unidades em 2014, passando para 157 em 2017, e, no ano corrente (2018), perfaz já as 278 unidades”.
Bom Jesus contra
A introdução da taxa não colhe a unanimidade dos hoteleiros bracarenses. Em novembro, um dos mais representativos do setor, os hotéis do Bom Jesus – propriedade da Confraria – manifestou-se contra, dizendo que “a taxa não faz sentido numa cidade de excursionistas”.
O seu gestor, Mário Paulo disse, em entrevista ao Diário do Minho que “a cidade não tem turismo e continua a ser excursionista”.
“Receio que a aplicação da taxa turística tenha alguma influência negativa na conquista de turistas que a candidatura do Bom Jesus a património mundial estava a gerar, porque as pessoas têm tendência a desviar-se do aumento a desviar-se de um aumento de preços de um turismo que ainda não é conhecido”, afirmou.
Outros operadores de alojamento local manifestam opinião semelhante. Contactado por O MINHO Ricardo Rio considerou “natural” o aparecimento de críticas: “os hoteleiros são contra, e foram-no em Lisboa e no Porto. A verdade é que a Câmara investe em atividades culturais, recreativas e desportivas, faz promoção e ataca com a despesa. E os operadores beneficiam”.