O Aeródromo Municipal de Braga vai ter uma nova placa de estacionamento de aeronaves, no caso, para acolher um ou dois helicópteros de combate a incêndios do Centro de Meios Aéreos (CMA) da Proteção Civil.
Em declarações a O MINHO, a vice-presidente Sameiro Araújo, adiantou que, numa segunda fase, a placa será alargada de forma a acolher aeronaves de asa fixa: “o projeto, que foi elaborado com a colaboração da ANAC (Autoridade Nacional de Proteção Civil) é enviado esta semana para este organismo, a quem compete dar autorização para a obra.
“Esta placa, dedicada à operação do CMA durante o DECIR (Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais), localizar-se-á numa área afastada da atual, o que para além de a desocupar para uso dos utentes do aeródromo, mitiga os condicionalismos operacionais que a operação de um helicóptero pesado acarreta, ao inviabilizar o estacionamento de aeronaves em grande parte desta área do aeródromo, durante cerca de quatro meses”, disse, por seu turno, o diretor do Aeródromo, Cícero Peixoto.
A placa – acrescentou – vai ainda contribuir para a segurança operacional, nomeadamente aumentando significativamente a distância da operação do CMA em relação ao local de aterragem dos paraquedistas, ao mesmo tempo que deixa de condicionar as movimentações das aeronaves nas placas existentes”.
Em regra, o Aeródromo é usado para cerca de 15 aeronaves, pertencentes ao Aero Clube de Braga ou ao Céu Riscado- Clube Aeronáutico, maioritariamente dedicado aos chamados ultra-leves.
A médio prazo, a Câmara vai construir um novo hangar para ser usado, na sua maioria, para acolher as aeronaves do Céu Riscado.
Câmara contesta
Entretanto, o advogado que representa o Município vai contestar a ação administrativa posta contra pela empresa KIB-Kartódromo Internacional de Braga, que explora o autódromo e que pede 211 mil de indemnização à Autarquia.
A firma alega que houve quebra de um protocolo, mediante o qual pode utilizar o autódromo, sempre que quiser. Mas a vereadora Sameiro Araújo, e conforme O MINHO noticiou, diz que, se assim for, o Aeródromo tem de fechar todo o ano… E já abre apenas em dois dos fins de semana de cada mês.
O KIB alega que o Município se recusa a permitir a realização de provas no circuito de velocidade Vasco Sameiro, em todos os fins de semana e dias úteis do ano, tendo-as passado, para dois fins de semana alternados, o que contraria um protocolo assinado em 1997.
Con, a vice-presidente Sameiro Araújo, explicou que, como a ANAC-Autoridade Nacional da Aviação Civil não aceita que as aeronaves descolem ou aterrem quando há corridas no circuito – cujas pistas se encostam – , a aplicação irrestrita do protocolo obrigaria ao encerramento do Aeródromo. Com graves consequências para o interesse público, nomeadamente porque os helicópteros de combate a incêndios, entre maio e outubro, não poderiam operar. E diz que o KIB terá de fazer obras para que as duas pistas sejam conciliáveis.