A Câmara de Braga chegou a acordo com a comissão de moradores de Ferreiros que estavam contra a construção de habitações de cariz social naquela freguesia. A chegada a um consenso foi anunciada por Rui Rio esta sexta-feira à noite num comício da coligação Juntos Por Braga em Gondizalves.
O acordo anunciado pelo presidente da Câmara e recandidato ao cargo preconiza que, em vez de ser a Câmara a construir os apartamentos a custos controlados, será feita uma hasta pública do terreno para o vender a privados. Contudo, no regulamento da hasta pública o vencedor terá que disponibilizar a preços acessíveis 30% dos fogos construídos.
Ricardo Rio salientou, ainda, que a Câmara irá manter a construção das outras habitações de cariz social, através do acordo aprovado com o Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana no âmbito do programa governamental ‘Primeiro Direito’.
A Estratégia Local de Habitação, prevê que o Município, através da empresa municipal BragaHabit, avance com projetos de investimento de 17 milhões de euros, para resolver a situação de 787 famílias que vivem “em condições indignas”.
Habitações sociais muito contestadas
Conforme noticiou O MINHO em primeira mão, em abril de 2021, uma comissão de moradores da freguesia de Ferreiros fez circular por várias freguesias do concelho de Braga um ‘abaixo-assinado’, onde solicitava a não construção de habitações de cariz social na Rua Edgardo Sá Malheiro, em Ferreiros, já no limite com a freguesia de Aveleda (zona de Mazagão).
A contestação às novas habitações sempre foi muito e, na semana passada, o presidente da Câmara foi mesmo assobiado por manifestantes à chegada a um evento na freguesia de Ferreiros.