A Câmara de Braga vai requalificar e ampliar a Ciclovia da Variante da Encosta, um investimento de 2,8 milhões de euros enquadrado no Plano de Ação da Mobilidade Urbana Sustentável (PAMUS) e aprovado hoje pelo executivo.
Segundo explicou o vereador com o pelouro do urbanismo, Miguel Bandeira (PSD/CDS-PP/PPM), o projeto visa “melhorar as condições de circulação dos peões, com a criação de novas passadeiras, reformulação do desenho das rotundas e a adoção de medidas de acalmia de tráfego com vista à humanização do espaço público, redução da primazia do automóvel e promoção dos modos suaves”.
Do lado da oposição, a obra mereceu críticas dos vereadores eleitos pelo PS que referiram que o atual executivo em cinco anos apenas construiu um quilómetro de ciclovia e que vai requalificar foi feito ainda no tempo do executivo liderado pelo PS.
Aquela requalificação contempla a reabilitação integral dos cinco quilómetros da ciclovia da Variante da Encosta, no eixo formado pelas Avenidas D. João II, Alfredo Barros e dos Lusíadas, bem como a sua extensão em cerca de 1.8 quilómetros até à entrada principal da Universidade do Minho.
Miguel Bandeira explicou que o “projeto de transformação e intervenção na rede pedonal e ciclável prevê a sobrelevação de passadeiras, a inclusão de passadeiras acessíveis, a introdução de diversas medidas de acalmia de tráfego e uma maior segurança na circulação”.
Ao nível pedonal, serão criadas novas travessias e requalificadas as existentes, sendo que nos entroncamentos das avenidas as travessias serão quase todas sobrelevadas e serão também criadas novas travessias, algumas das quais sobrelevadas, promovendo o seu atravessamento seguro.
Estão ainda contempladas passadeiras em vias perpendiculares que até então eram inexistentes, garantindo assim a acessibilidade inclusiva em todo o percurso. Outra das alterações principais prende-se com o alargamento das passadeiras, tornando-as mais visíveis e seguras para o peão.
Em todas as áreas de intervenção nos atravessamentos pedonais serão introduzidos pavimentos em material de cor e textura contrastante, seguindo as recomendações da Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal (ACAPO).
“Este é um compromisso que assumimos no âmbito do projeto ‘Eu Já passo aqui!’ – criar condições de segurança para todos e de inclusão no âmbito da mobilidade pedonal. São cerca de 20.000m2 de passeios acessíveis neste projeto”, acrescentou Miguel Bandeira.
Quanto ao modo ciclável serão redesenhados os percursos das bicicletas, eliminando a guia e a diferença de cota entre as ciclovias e as faixas de rodagem, sendo criados apenas elementos materializados nas proximidades dos cruzamentos e rotundas para proteger os ciclistas.
Uma outra medida é a retificação das rotundas existentes no sentido de controlar as velocidades praticadas, aumentando fortemente a segurança. Serão também requalificadas as paragens de autocarro existentes, formalizando as suas baías de paragem e dotando as zonas de espera de novos abrigos.
“Três milhões de euros na inserção da rede pedonal e ciclável no centro urbano que é nada mais, nada menos, e até nos provoca algum riso, que a recuperação da ciclovia já existente”, criticou o PS, pela voz do vereador Artur Feio.
“Este executivo em 5 anos construiu um quilómetro de 70 quilómetro que prometeu e agora vai gastar 3 milhões de euros para recuperar uma ciclovia que p PS fez, bem ou mal, com muitos defeitos mas fez”, disse.