O executivo da Câmara Municipal de Braga assumiu esta segunda-feira como “compromisso político” uma redução de 2,5% no preço da água em 2018 de forma a “libertar recursos e devolvê-los à comunidade”.
No final da reunião do executivo, o presidente da autarquia, Ricardo Rio (PSD/CDS-PP/PPM), deu conta que a intenção do município já foi apresentada ao conselho de administração da AGERE – Empresa de Águas, Efluentes e Resíduos de Braga (detida em 51% pela autarquia e o restante por parceiros privados).
“Este é um compromisso político assumido. Queremos dar continuidade à descida dos tarifários e libertar recursos e devolvê-los à comunidade através da redução dos tarifários“, definiu o autarca.
Para Ricardo Rio, a redução das tarifas de água e saneamento é possível graças à “gestão rigorosa” da AGERE e reflete a forma de governação do atual executivo que, explicou, tem vindo a “exercer o seu poder maioritário para garantir que, além de ser uma empresa bem gerida, a AGERE preste um serviço social público relevante e ajustado às necessidades da população”.
Do lado da oposição, o vereador da CDU, Carlos Almeida, saudou o compromisso assumido: “É uma redução de tarifas que se vai concretizar em 2018 e esperemos que sim, é um caminho que nos agrada, esperemos que seja uma redução substancial, porque ao contrário da ideia que se fez passar no tarifário anterior, os bracarenses continuam a pagar tarifas muito elevadas“, salientou.
Ainda relacionado com o tarifário da AGERE, a maioria PSD/CDS-PP/PPM e a CDU chumbaram uma proposta do PS que pretendia ceder vinte cêntimos de cada fatura da AGERE para os Bombeiros Voluntários de Braga.
Para o líder do PS no executivo, Miguel Corais, o “chumbo” à proposta socialista mostra que a prioridade da atual maioria não passa pelos Bombeiros Voluntários.
“Ficou claro que na visão da autarquia, deste executivo, a preocupação da Proteção Civil cinge-se em exclusivo aos Sapadores“, afirmou.
Ricardo Rio explicou, no entanto, que o município tem prestado apoio àquela corporação de outra forma, pelo que a proposta do PS é “despropositada”.
“No que diz respeito ao município, pareceu-nos que era despropositado estar a dotar os bombeiros voluntários de uma verba tão considerável sem ser alocada a nenhum projeto concreto”, afirmou.
Carlos Almeida justificou o voto contra a proposta do PS explicando que a responsabilidade social da AGERE deve-se assumir noutros campos.
“Não nos parece que seja correto estar a desenvolver esse apoio aos bombeiros voluntários, ou fosse qual fosse a instituição, através da fatura da AGERE, porque a AGERE presta um serviço público, mas a responsabilidade social que deve ser assumida pela AGERE é de redução de tarifas”, afirmou.