O “call center” do grupo Altice em Vieira do Minho, inaugurado há um ano, emprega atualmente 102 trabalhadores, mas “tem potencial” para crescer até aos 150, disse, esta quarta-feira, um responsável da Randstad.
Miguel Azevedo disse que aquele “call center” está “de pedra e cal”, nomeadamente face à evolução registada pelos trabalhadores, “que já estão a fazer atendimento às pequenas e médias empresas”.
“Face ao potencial demonstrado, conseguimos projetar o ‘call center’ de Vieira do Minho para 120 a 150 trabalhadores”, acrescentou.
Aquele “call center” é propriedade da Randstad, estando ao serviço da Altice, o grupo francês que comprou a PT Portugal.
Armando Pereira, natural da freguesia de Guilhofrei, Vieira do Minho, é um dos quatro sócios fundadores da Altice, detendo 30% da empresa.
“Quem escolhe a localização dos ‘call centers” é a Randstad, mas, no caso de Vieira do Minho, houve, de facto, o dedo de Armando Pereira. Pediu-nos para abordarmos o concelho, dizendo que gostaria de contribuir para criar emprego na sua terra natal”, afirmou Miguel Azevedo.
Segundo este responsável, um trabalhador pode ali ganhar, ao final do mês, 870 euros, entre salário base, subsídio de alimentação e prémios, sendo estes atribuídos por objetivos.
“Trabalhamos com objetivos atingíveis”, frisou.
Os contratos são a termo incerto, até uma duração máxima de seis anos, após o que os trabalhadores passam a efetivos.
Para Miguel Azevedo, este é um regime laboral que “dá bastante segurança” aos trabalhadores, havendo até já casos de emigrantes que regressaram a Vieira do Minho para trabalhar no “call center”.
O domínio da língua francesa é condição imprescindível para quem quiser ali trabalhar.
Entretanto, vai avançar em Vieira do Minho a construção do segundo “call center” para o grupo Altice em Vieira do Minho, um investimento de 1,1 milhões de euros que, segundo o presidente da câmara, criará mais de 300 postos de trabalho.
O autarca, António Cardoso, disse que, com o novo “call center”, a taxa de desemprego no concelho vai baixar para metade.
“São investimentos fundamentais para o concelho, porque criam emprego e porque trazem de volta muita gente que tinha partido para o estrangeiro à procura de trabalho”, sublinhou.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Call Center (STCC), Danilo Moreira, admitiu não ter conhecimento da realidade do ‘call center’ de Vieira do Minho, mas referiu que, de uma forma geral, aquele é um trabalho “mal pago, sem progressão na carreira e marcado pela precariedade”.
“Normalmente, ganha-se o salário mínimo, havendo depois a história dos prémios, mas que só são atribuídos mediante o cumprimento de objetivos que, na maior parte dos casos, são simplesmente inatingíveis”, referiu.
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