O presidente da Câmara de Póvoa de Lanhoso, Manuel Batista, afirmou que a hipótese de instalação no concelho de um “call center” da Altice “continua em aberto”, mas sublinhou que o processo “aguarda até novas ordens” da empresa francesa.
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Segundo o autarca, a Câmara, depois de contactada pela empresa Randstad, “já fez todo o trabalho de casa” para possibilitar a instalação do call center.
A Câmara tratou, nomeadamente, de encontrar instalações e assumiu que pagaria a respetiva renda, que rondaria os 580 euros mensais.
Foram também abertas as candidaturas para os trabalhadores, estando inscritas mais de 300 pessoas.
A 23 de fevereiro, a Câmara publicou no seu site uma informação que dava conta de que o recrutamento “ainda” estava a decorrer.
Segundo Manuel Batista, estava prevista a criação de entre 100 a 150 postos de trabalho.
Entretanto, a Altice abriu, a 25 de maio, um call center em Vieira do Minho, concelho vizinho de Póvoa de Lanhoso.
“A informação que temos agora é que a Altice quer primeiro atingir os objetivos em Vieira do Minho, mas ainda ninguém nos disse que não teríamos um call center também em Póvoa de Lanhoso. Ou seja, o processo mantém-se em aberto. Pela nossa parte, podemos dizer que está tudo pronto, é chave na mão”, disse ainda Manuel Batista.
O assunto foi levado, na segunda-feira, à reunião de câmara pelos vereadores do PS, que questionaram a maioria PSD acerca do andamento do processo.
O socialista Frederico Castro lembrou que foi anunciado publicamente numa Assembleia Municipal que Póvoa de Lanhoso teria um call center da Altice, criando assim “expectativas” de emprego.
“Se calhar, andou-se a deitar foguetes antes da festa. Vamos ver se este não é mais um projeto que fica em banho-maria, como tantos outros”, criticou.
A Altice é a empresa francesa que comprou a PT Portugal.