Dois cães de um caçador morreram afogados, no domingo, num reservatório de água na freguesia de Cunha, Paredes de Coura.
O caçador denunciou o caso através de uma publicação na rede social Facebook. “Quantos mais cães vão ter de morrer afogados nestas poças de água para que se faça alguma coisa?”, questionou Alexandre Fernandes.
De acordo com a denúncia, este reservatório de água situa-se numa zona florestal próxima à freguesia da Labruja, em Ponte de Lima, e está vedado com uma rede que permite a passagem dos cães.
Após caírem vários metros para dentro da poça de água, os cães já não conseguem subir e, segundo a denúncia, dois acabaram por morrer.
Alexandre Fernandes revela que ele próprio já teve de entrar nestas poças de água para salvar os animais. “Vou ter de morrer eu a tentar resgatar os meus cães? Isto assim não pode continuar, todos os anos acontecem este tipo de ‘acidentes’ e não é só com cães, qualquer animal ou até uma criança que tenha o azar de escorregar no plástico nunca mais sai de lá com vida e estes cães, além de serem cães de caça, são membros da família, não me conformo com este triste final”, diz.
O caçador lamenta que ninguém faça “nada” quanto à “falta de segurança” destas infraestruturas, sem vedação “em condições” e sem “escapatórias caso alguém entre lá”.
Aponta o dedo à inoperância das “juntas de freguesia, câmaras municipais, associações de caça, autoridades locais e ICNF”. “E ainda anda o pobre do caçador a pagar licenças para isto”, atira.