Caçadores condenam caso das cabras-monteses decepadas no Gerês

Reação da Federação Portuguesa de Caça

A Federação Portuguesa de Caça (Fencaça), através do técnico responsável pela 1ª Região Cinegética (Norte), Jorge Maia, condenou, a O MINHO, o caso do massacre das cabras-monteses que são mortas e decepadas, vendendo depois as cabeças para “troféus de luxo” com preços que oscilam de sete (Espanha) a cinco (Portugal) mil euros no mercado negro.

Jorge Maia considerou “não fazer qualquer sentido admitir sequer que se tenham tratado de caçadores”, isto na sequência de contactos para a Federação Portuguesa de Caça (Fencaça) que partiram de várias associações locais de caçadores, todas sediadas na zona envolvente do Parque Nacional da Peneda-Gerês.

Oficialmente, ainda ninguém do setor da caça tinha tomado uma posição pública. O MINHO, que noticiou o caso em primeira mão, obteve já uma reação oficial da Fencaça.

Para Jorge Maia, “nunca por nunca se deverão confundir caçadores com furtivos, porque a associação de uns com outros é nociva para os caçadores, pois estes são licenciados para o efeito, enquanto o furtivo tem várias motivações, que não o ato venatório”.

“Neste caso especifico, a cabra montesa não é uma espécie cinegética, em Portugal, pelo que o mesmo foi perpetuado por um furtivo e não por um caçador, disso temos a certeza”, salientou.

Para o mesmo responsável, “trata-se de um ato criminoso, por isso é um caso de polícia, devendo ser as autoridades a descobrir os seus autores e a puni-los, pois tais atos não têm nada a ver com a atividade venatória [caça] e são crimes como se fossem um homicídio”.

A Fencaça foi a primeira federação de caçadores de âmbito nacional a surgir, “tendo como objetivo de apoiar e fomentar o inicio do ordenamento cinegético do território português”, segundo salientou o também engenheiro, tornando-se “a federação mais representativa dos caçadores portugueses.

Congrega cerca de mil associados titulares de concessões de zonas de caça, representando cerca de 100 mil caçadores, estando a nível internacional filiada na Federação das Associações de Caça e Conservação da Fauna Silvestre da União Europeia (FACE)”, ainda de acordo com o mesmo responsável técnico na região do norte.

“Trabalhamos em prol da defesa e promoção do ordenamento cinegético e defende a caça como fator de desenvolvimento rural e de manutenção da diversidade biológica e ao mesmo tempo promovemos realização de colóquios, conferências, simpósios e encontros com intuito de formar e informar os caçadores das melhores práticas de gestão, pelo que repudiamos estes e todos os atos criminosos”, acrescentou ainda Jorge Maia a O MINHO.

 
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