Os caçadores vão colaborar na vigilância ativa da floresta, integrados num protocolo que foi assinado esta quarta-feira entre o Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF) e as organizações do setor da caça, através da campanha “Cada Caçador, um Vigilante”.
A medida abrange cerca de cinco mil zonas de caça, que cobrem todo o território nacional, a Confederação Nacional dos Caçadores Portugueses, a Federação Portuguesa de Caça e a Associação Nacional de Proprietários Rurais.
Segundo anunciou hoje o Ministério da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, “o objetivo do protocolo é estabelecer a forma de cooperação destas entidades, cujos associados (dois caçadores por associação) passarão a ter números de telefone registados junto das autoridades, para que os seus alertas sejam reconhecidamente credíveis e permitam uma intervenção mais imediata.
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O ICNF fornece aos caçadores os dísticos de identificação para as respetivas viaturas e coletes refletores com o logotipo da campanha “Cada Caçador, um Vigilante”, tendo na cerimónia o secretário de Estado das Florestas e do Ministro da Agricultura, Miguel Freitas, salientado “a importância desta disponibilidade, multiplicadora do exército de vigilantes da floresta e que demonstra o papel importante que os caçadores desempenham na ocupação do território rural”.
Ministro pede cuidados
A par desta nota, o ministro, Capoulas Santos, dirigiu um “forte apelo aos agricultores e aos produtores florestais para que observem todas as condições de segurança na utilização de maquinaria e respeitem escrupulosamente a proibição do uso do fogo”.
Capoulas Santos alertou igualmente para as condições meteorológicas que se aproximam rapidamente e que “implicam que todos tenhamos um enorme sentido de responsabilidade nos nossos comportamentos, por forma a conseguir evitar a propagação de incêndios”.
Nessa medida, aquele ministério recorda ser proibido fazer fogo de qualquer espécie, ou fumar nos espaços florestais, realizar queimas de sobrantes, lixos ou queimadas de matos ou restolhos, lançar balões ou foguetes, bem como fazer barbecues e churrascos.
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É também proibido usar quaisquer máquinas florestais ou agrícolas, alfaias de corte ou com qualquer mecanismo que possa produzir faúlhas ou transmitir temperaturas elevadas à vegetação por contacto ou ainda equipamentos de corte de vegetação ou máquinas de combustão interna sem tapa chamas, nomeadamente na conservação das bermas ou na exploração florestal e/ou agrícola.
Apelos e conselhos
Não é ainda permitido deitar pontas de cigarro para o chão ou, em particular, pela janela da viatura em viagem, nem fazer trabalhos de manutenção de máquinas que impliquem corte, soldadura ou qualquer tipo de aquecimento metálico, em espaço rural e em particular nas bermas das rodovias e das ferrovias.
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Por último, é pedido que se evite estacionar a viatura em locais com ervas secas, sendo solicitado que se ligue para o 112 sempre que detetar uma coluna de fumo que lhe pareça recente.
Através do número de telefone 808 200 520 qualquer cidadão poderá obter informações sobre atividades proibidas.