A Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) pretende inscrever a Romaria de Nossa Senhora dos Remédios do Arco de Baúlhe, em Cabeceiras de Basto, no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial, dando hoje início ao processo de consulta pública.
Segundo um anúncio publicado em Diário da República, a DGPC abriu hoje a consulta pública, por 30 dias, “para efeitos de inscrição” da festa em honra da Nossa Senhora dos Remédios daquela vila do concelho de Cabeceiras de Basto, como património imaterial.
“A Direção-Geral do Património Cultural decide sobre o pedido de inventariação da Romaria de Nossa Senhora dos Remédios do Arco de Baúlhe no prazo de 120 dias após a conclusão do período da presente consulta pública”como património imaterial , refere o anúncio, datado de 20 de janeiro.
De acordo com informação disponibilizada no sítio da Internet da Câmara de Cabeceiras de Basto, esta festa decorre no primeiro fim de semana de setembro, de sexta-feira a domingo, tendo como pontos altos a procissão de velas (sexta-feira), o arraial (sábado à noite) e a procissão da Nossa Senhora dos Remédios (domingo à tarde), que conta com andores e figurantes.
“Esta romaria é anunciada, sensivelmente, um mês antes, com a Erguida do Pau da Bandeira. Ultimamente foi afixada a sua data no primeiro domingo de agosto. Todos são convidados a vestir os trajes tradicionais (trajes domingueiros), num cortejo que percorre as ruas do Arco de Baúlhe e onde se levam oferendas para leiloar acompanhadas de concertinas e carros dos bois, levando a haste de madeira (pau) de vários metros com a bandeira bicolor (amarelo e azul) no seu topo”, descreve a autarquia.
No fim do trajeto, acrescenta, “o pau é erguido por vários homens no lugar da serra, com o auxílio das cordas, e é oficialmente proclamada a Festa em Honra da Nossa Senhora dos Remédios”, seguindo-se o leilão das ofertas.
A festa conta com “milhares de pessoas, entre munícipes, emigrantes e turistas”.