Cabeceiras de Basto exige redução de 30% nas portagens da A7

Foto: DR

A Câmara de Cabeceiras de Basto exige a redução de 30% nas portagens da A7.

O executivo municipal aprovou, em reunião de câmara, uma tomada de posição na qual defende que “esta autoestrada, desde a sua entrada em funcionamento, é portajada com o preço por quilómetro superior aos preços por quilómetro de algumas autoestradas do litoral do país”.

“Há aqui objetiva e injustificadamente uma discriminação negativa dos territórios do interior que, de acordo, com o atrás descrito deveria ser positiva”, refere a resolução.

O executivo cabeceirense, de maioria socialista, refere ainda que o Governo aprovou a redução de portagens na A4, A13, A13-1, A22, A23, A24 e A25, que entrarão em vigor a partir de 01 de janeiro, mas que, “ao contrário do que vinha a ser efetuado anteriormente ao nível da redução de portagens, estes descontos inserem-se em ex-SCUT: A22, ou Via do Infante, no litoral Algarvio; A23, ou da Beira Interior, ligando Torres Novas à Guarda e atravessando alguns Concelhos raianos; mas também em autoestradas como: a A4 que liga o Porto a Bragança (Quintanilha); a A13 e A13-1 que liga a Marateca a Coimbra; a A24, ou do Interior Norte, que liga Viseu a Chaves; a A25, ou das Beiras Litoral e Alta, que faz a ligação Gafanha da Nazaré a Vilar Formoso”.

“Algumas destas autoestradas, agora contempladas com este desconto, mais que necessário, atravessam também das regiões mais pobres de Portugal, como é o caso da A4, da A24 e a A25. Estranhamos, assim, que a A7 não tenha sido considerada nestes descontos, pois analisando os dados constantes do Observatório Nacional da luta contra a pobreza, publicado em fevereiro de 2021, verificamos que esta é uma das regiões com menor rendimento por habitante”, pode ler-se.

O executivo considera, também, que é “importante referir que em datas anteriores já houve reduções significativas nas ex-SCUT, sem a A7 nunca ter sido devidamente contemplada”.

“Verificamos, assim, que a A7 deve ser a segunda desta listagem que atravessa os concelhos com menores rendimentos do país. Não é assim compreensível que a mesma tenha ficado afastada da listagem publicada pelo Conselho de Ministros”, vinca.

Daí que Cabeceiras de Basto reivindique que “a redução de portagens em 30%, a partir de 01 de janeiro de 2024, seja alargada para a A7, entre a Póvoa de Varzim e Vila Pouca de Aguiar, ou pelo menos, entre Guimarães e Chaves, visto que após Guimarães só atravessa concelhos com percentagem de rendimento bruto, deduzido do IRS liquidado, por habitante, com valores entre os 60 e os 80% do valor nacional”.

A resolução será dada a conhecer ao Presidente da República, primeiro-ministro, ministro das Infraestruturas, ministra da Coesão Territorial, Assembleia Municipal, CIM do Ave, Alto Tâmega e Barroso e Tâmega e Sousa.

 
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