Em virtude do recuo no processo de desconfinamento, Cabeceiras de Basto anunciou, esta sexta-feira, medidas mais restritivas para controlar a propagação da pandemia de covid-19 no concelho.
A Câmara determinou que a feira semanal deixa de se realizar já na próxima segunda-feira, mantendo-se apenas a venda de produtos alimentares.
Os espaços desportivos, parques de lazer e infantis também são encerrados, tal como o Posto de Turismo.
O atendimento presencial no Espaço de Cidadão é feito apenas por marcação e na Casa do Povo de Arco de Baúlhe, o atendimento é restrito a pagamento pensões e serviço de correio.
Cabeceiras de Basto recuou no processo de desconfinamento, tendo volta às regras de 19 de abril.
As regras que se aplicam nesta fase são as seguintes: permite-se a abertura de todas as lojas e centros comerciais; restaurantes, cafés e pastelarias (com o máximo 4 pessoas por mesa no interior ou 6 por mesa em esplanadas), até às 22:30 nos dias de semana ou 13:00 nos fins-de-semana e feriados; cinemas, teatros, auditórios, salas de espetáculos; lojas de cidadão com atendimento presencial por marcação.
É autorizada a prática de modalidades desportivas de médio risco; atividade física ao ar livre até 6 pessoas; realização de eventos exteriores com diminuição de lotação (5 pessoas por 100m²); casamentos e batizados com 25% de lotação.
Segundo o mais recente boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde apresentava uma incidência de 531 casos por 100 mil habitantes – bem acima do limite imposto pelo Governo para avançar no desconfinamento (120). Segundo o presidente da Câmara, Francisco Alves, em declarações à Lusa, “muito desta situação deve-se ao arranque das aulas presenciais e à testagem em massa que foi feita”.
“A câmara investiu cerca de 25 mil euros em testes e está a testar quinzenalmente todos os alunos do 1º, 2º e 3º ciclos, os alunos do secundário são testados pelo ministério de Educação. Nestes testes, num universo de 2000 alunos foram detetados 30 casos positivos”, explanou.
Já ao Jornal de Notícias o autarca acrescenta que o aumento de casos também está relacionado com dois surtos que podem ter surgido na sequência de dois funerais em diferentes freguesias.
Com uma população de 16 mil habitantes, as dezenas de casos colocam a vila no ‘vermelho’.
“Em bom rigor, não temos muitos casos ativos, temos à volta de 50 pessoas infetadas. São poucos, mas como Cabeceiras de Basto tem pouca população, seguindo a regra estabelecida é o suficiente para nos fazer recuar no desconfinamento”, afirma o autarca.