A maioria PS no executivo de Cabeceiras de Basto aprovou hoje um orçamento de 21,3 milhões de euros para 2021 que diz mostrar “grande ambição”, mas a oposição considera que o documento não tem “linha condutora”. O documento foi aprovado com votos contra do movimento Independentes por Cabeceiras.
Em informação veiculada pela autarquia, a maioria socialista afirma que o documento apresentado mostra uma “grande ambição para continuar a construir caminhos de progresso e bem-estar, de valorização do potencial humano, de defesa e promoção do património” em Cabeceiras de Basto.
A câmara de Cabeceiras de Basto tem destinados 2,5 milhões de euros para apoiar as famílias (bolsas de estudo, ação social escolar, natalidade), as instituições, associações e clubes, as empresas e os empresários, agricultores e produtores de gado, as Juntas de Freguesia e a Basto Vida.
Em 2021, a autarquia vai manter a taxa mínima do Imposto Municipal sobre Imóveis em 0,3% para os prédios urbanos, vai baixar a taxa de IRS para os 2% e manter a isenção da Derrama para todas as empresas.
“Atendendo ao dramático cenário que vivemos em resultado da pandemia Covid-19, o Orçamento para 2021 prevê a implementação de dois importantes Programas Municipais para apoiar as famílias e as empresas que, por força do agravamento da crise sanitária e económica, se encontram em situação de grande vulnerabilidade financeira e que se poderá vir a agravar no próximo ano”, lê-se.
Em declarações à Lusa, o líder da oposição, Jorge Machado, lamentou o facto de a maioria “não levar em conta as opiniões” da oposição e criticou o documento: “Há uma falta de linha condutora”, acusou.
“O documento admite que 2021 vai ser marcado ainda pela pandemia da Covid-19 e mesmo assim tem no Turismo a principal aposta, um setor que se encontra moribundo”, refere.
Segundo Jorge Machado, “o Orçamento tem algumas medidas de apoio a empresas e às famílias mas mesmo aí podia ir mais longe”.
A oposição refere ainda o “aumento da despesa com o pessoal com o aumento do número de pessoas no quadro de trabalhadores”.
“É uma série de medidas desgarradas que não reúne as condições para o nosso voto favorável”, disse.