André Coelho Lima, cabeça de lista dos candidatos do PSD pelo distrito de Braga, defendeu a criação de estruturas administrativas e de tratamento de informação que sejam comuns a todas as forças policiais e de segurança, “para assegurar a maior eficiência nos serviços a prestar aos cidadãos e à comunidade”.
A proposta foi defendida hoje, em Braga, no âmbito de encontros com os responsáveis dos comandos distritais da Polícia de Segurança Pública e da Proteção Civil.
“É fundamental estabelecer mecanismos eficazes de articulação e coordenação entre as diversas forças de segurança, de forma a garantir respostas eficazes a situações de dificuldade, acidente ou emergência. Não é na hora de agir que temos de analisar quem decide e quem pode fazer isto ou aquilo”, sustentou André Coelho Lima, em comunicado enviado a O MINHO.
Numa jornada dedicada à segurança e proteção civil, em que esteve acompanhado pelo candidato a deputado Firmino Marques e pelo líder concelho do PSD em Braga, João Granja, o líder dos candidatos a deputados enalteceu “o esforço e o profissionalismo dos operacionais, em contraponto à permanente desvalorização desta área pelo governo do PS nos últimos seis anos”.
André Coelho Lima – que no trabalho de deputado tem dedicado particular atenção à segurança interna – explicou a importância da “interoperabilidade entre forças” dos serviços de segurança interna, de forma a “evitar redundâncias no sistema e assegurar uma racionalização de meios”.
O cabeça de lista do PSD defendeu ainda o investimento na “intercomunicabilidade entre forças, eliminando sobreposições funcionais e promovendo uma resposta harmoniosa do sistema, independentemente de qual seja a força e serviço de segurança que o preste”.
Apontou ainda a “falta de meios, a degradação de instalações, a falta de viaturas operacionais, a escassez de equipamento e a obsolescência dos meios tecnológicos comprometem as condições de trabalho das forças e serviços de segurança, assim como a capacidade de resposta ao nível da proteção civil, onde os bombeiros cumprem uma missão absolutamente crucial no apoio e defesa dos cidadãos”.
Nesse âmbito, Coelho Lima fez questão enaltecer o trabalho que assumiu conhecer nos comandos de âmbito distrital, ao nível da PSP, da Proteção Civil e também da GNR, na organização e coordenação das diferentes forças que atuam no território desta região.
Rejuvenescimento e valorização
Coelho Lima quer ainda assegurar o rejuvenescimento das forças e serviços de segurança, apontando a medida como “outra das propostas do programa de governo do PSD”.
“O objetivo é contrariar a crónica perda de efetivos nas diversas forças e serviços de segurança, sem a compensação com novos agentes, devido à falta de atratividade da profissão”, salientou.
De acordo com os sociais-democratas, “os baixos salários no ingresso para as forças e serviços de segurança, associados à estagnação salarial, designadamente na PSP e GNR, provocam um descontentamento generalizado e uma desmotivação nos profissionais que integram essas forças”.
Constatam que “nunca como nos últimos anos os cidadãos portugueses sentiram de forma tão marcante o duplo efeito de um Estado que, por um lado, bateu os máximos na cobrança de impostos, para suportar um despesismo ‘cego’ e ineficiente, mas, por outro lado, atingiu os mínimos nos serviços que presta”.
“Uma situação transversal a diversos serviços e áreas, das polícias, à justiça, saúde e administração pública”, apontam.
André Coelho Lima explicou que o programa preconizado pelo PSD e por Rui Rio assenta num “Estado que se valorize pela forma como se organiza para proteger e servir o cidadão, recusando que esteja em causa a opção entre mais Estado ou menos Estado, mas antes entre melhor Estado ou pior Estado.
Frisou ainda que “a missão do Estado é servir bem os cidadãos, e não enganá-los com propaganda e promessas não cumpridas, com resultados por vezes desastrosos, como aconteceu nos famigerados incêndios de 2017”.