Declarações após o Vizela–Estoril Praia (1-1), jogo da 11.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol, disputado no Estádio do Futebol Clube de Vizela:
Álvaro Pacheco (treinador do Vizela): “Mas já há alguma imagem que prove que a bola está fora [no lance do golo anulado a Kiko Bondoso]? A pessoa mais bem posicionada para tomar esta decisão é o fiscal de linha [Hugo Marques]. Ele decidiu que o lance foi válido. Não há nenhuma imagem que prove que a bola saiu. Quando não há evidência óbvia, dá-se o benefício da dúvida à decisão inicial.
É um lance que marca [o do golo anulado]. Marcávamos o segundo golo e a equipa tranquilizava. O jogo mudava, porque já estávamos com comportamento tático diferente. O Estoril é uma equipa que gosta de sair da pressão para ter espaços. Iríamos ser capazes de regressar às vitórias, algo que os jogadores mereciam. Mais uma vez, por um pormenor, não conseguimos [vencer]. Cabe-me dar os parabéns ao fiscal de linha [Hugo Marques] e aos meus jogadores.
[O Estoril Praia] é uma equipa à imagem do seu treinador [Bruno Pinheiro], que gosto de ver. São equipas personalizadas, com estilos diferentes, que valorizam este espetáculo. É um treinador que conheci no ano passado, com a qual estabeleci uma empatia muito grande. Espero encontrá-lo muitas vezes nestas andanças.
Faltou-nos estar um bocadinho mais tranquilos e serenos nos momentos da finalização e do último passe. O Estoril gosta de aproveitar a saída da pressão, mas fomos muito fortes na pressão e a impedir que o Estoril chegasse à nossa área até ao golo anulado.”
Bruno Pinheiro (treinador do Estoril Praia): “É capaz de se adequar, apesar de eu achar que o Estoril foi superior taticamente no jogo. O empate ajusta-se, mas fiquei com a sensação de que o Estoril [Praia] foi uma equipa melhor. Se pensarmos que o Vizela é uma equipa altamente agressiva e pressionante, e que hoje não se viu essa pressão, percebe-se que o Estoril esteve bem no jogo.
Faltou-nos no início da segunda parte alguma objetividade no último terço, que nos poderia dar três pontos. Acho que as melhores oportunidades [no jogo] são nossas. O golo do Vizela acabou por nos dar a objetividade que nos estava a faltar. A partir desse momento, fizemos o mesmo, mas fomos muito mais capazes de chegar ao último terço.
Acredito que sim [os treinadores do Estoril Praia e do Vizela merecem estar na I Liga], pelo trabalho que foi feito no ano passado. Na minha opinião, o Vizela e o Estoril foram as melhores equipas da II liga. Merecemos estar aqui os dois. No ano passado, não me manifestei em relação ao Álvaro [Pacheco], mas a admiração é recíproca [depois de o treinador do Vizela ter dito que admira o seu trabalho]. Apesar de estilos muito diferentes, ele sabe que gosto muito do trabalho dele, embora defenda outra filosofia de jogo.”