O presidente da Associação Comercial de Braga, Domingos Macedo Barbosa, concorda com o essencial da petição dos comerciantes do topo da Rua D. Frei Caetano Brandão, que pedem a continuação dos parcómetros ainda que noutros moldes, já que, assinala, – “sem rotatividade no estacionamento, o comércio sai prejudicado”.
O conhecido comerciante diz que o ideal seria que apenas houvesse parcómetros na zona histórica, para que o comércio, dito tradicional, possa progredir, e sugere um método que permita pequenas paragens, de 15 a 20 minutos, para que o consumidor possa ir à loja: “a Câmara está a estudar o modelo para o futuro, pelo que não podemos ser impacientes”, disse.
Lembrou que esta posição da associação foi já comunicada ao Município, acentuando que “o estacionamento ao ar livre na zona histórica tem de continuar a ser controlado, para benefício dos consumidores e do comércio”.
Já o presidente da União de Freguesias de Maximinos, Sé e Cividade, Luís Pedroso disse a O MINHO que os lojistas têm razão, dado que aquele troço da rua tem comerciantes de vários ramos e moradores que tinham avença para estacionarem o seu veículo.
O autarca, um independente eleito pela coligação PSD/CDS, encaminhou para os serviços camarários a petição que lhe foi entregue por 33 lojistas, e sugere que o lado esquerdo da artéria fique reservado ao comércio: “o Código da Estrada diz que, numa rua de sentido único ascendente não se pode estacionar à esquerda. Por que não aplicar a regra?”, pergunta.
Pedroso defende, também, a regulação do trânsito na zona, nomeadamente à noite, que é caótico, devido aos bares da Sé. De facto, e ao que soubemos ““estaciona-se em qualquer sítio, mesmo em frente ao quartel dos Bombeiros Voluntários impedindo a saída de ambulâncias”.
A este propósito, o presidente da Câmara, Ricardo Rio disse que a posição dos comerciantes “é compreensível”, mas lembrou que a Câmara “está a começar um estudo sobre quais as ruas em que se deve pagar, e qual o sistema de preços a cobrar”.
Até ao final do mês, o estacionamento volta a ser pago nas 32 ruas e praças que tinham parcómetros antes da concessão à ESSE, em 2013, da cobrança de parcómetros. A fiscalização fica a cargo da Polícia Municipal.