Buatu reconhece dificuldades na época do Gil Vicente mas aponta ao crescimento

Defesa central de 31 anos
Foto: DR

O defesa do Gil Vicente Jonathan Buatu considerou que as “adversidades” sentidas pela equipa na I Liga de futebol de 2024/25, vão fortalecer o grupo para encarar a próxima temporada, no principal escalão, “com mais tranquilidade”.

“Foi uma época longa, com muitas mudanças e adversidades, na qual houve um crescimento geral. Passámos momentos complicados e outros bons, mas, na parte final, houve evolução coletiva que nos fez garantir a manutenção”, disse o internacional angolano, em entrevista à agência Lusa.

O defesa central, de 31 anos, que está em Barcelos há época e meia, acabou por ser uma das vozes de experiência do plantel, sobretudo na parte final da temporada, quando jogou com mais regularidade.

“Temos muito talento e qualidade, mas falta alguma experiência. Isso só se ganha com jogos, com minutos e com aprendizagem. Se conseguirmos manter esta base atual, vamos crescer e fazer uma boa próxima época”, antecipou.

Buatu reconheceu que foi necessário uma adaptação do grupo às mudanças de treinadores que aconteceram durante a temporada, mas apontou que tanto Bruno Pinheiro como César Peixoto fizeram evoluir o plantel.

“Os dois foram bons. Com o Bruno tivemos aquela série de sete jogos sem perder. Com o César também tivemos bons momentos. Não posso dizer que um foi melhor do que o outro, são diferentes, mas ambos deixaram a sua marca”, analisou.

O central disse acreditar que, com a continuidade de César Peixoto, a equipa tem “uma base de estabilidade diferente para conseguir melhores resultados logo no início da próxima época”.

“Espero que seja uma época mais tranquila. Desde que cheguei, estivemos sempre a lutar até ao fim pela manutenção, com muita pressão. Gostava que, na próxima época, conseguíssemos olhar mais para cima do que para baixo na tabela”, afirmou.

Numa retrospetiva sobre a temporada que agora findou, Buatu considerou que a vitória caseira (3-1) sobre o FC Porto, na 18.ª jornada, um dos pontos altos, mas enalteceu a importância dos triunfos na fase final do campeonato.

“O jogo contra o Boavista, no Bessa, foi muito importante para quebrar uma série sem vitórias. E depois o triunfo em casa, contra o Farense, que nos deu aquela sensação de que a manutenção estava quase garantida”, recordou.

A nível pessoal, o defesa central destacou a partida frente ao Sporting, em Lisboa, onde, apesar do triunfo (2-1) dos ‘leões’, foi considerado um dos melhores em campo.

“Acabei por ter um bom desempenho ao marcar Viktor Gyökeres, que, para mim, é o melhor avançado do campeonato. Foi dos mais difíceis de enfrentar, a par do Victor Osimhen [avançado nigeriano do Galatasaray], quando joguei em França. São parecidos, ambos com grande capacidade física, boa movimentação e sabem guardar a bola. Talvez o Osimhen tenha sido ainda mais complicado”, recordou.

Aos 31 anos, Buatu é um dos mais experientes jogadores no plantel do Gil Vicente e, com a saída já anunciada do também central Rúben Fernandes, anterior capitão de equipa, o angolano sente-se pronto para ser uma das referências do plantel.

“O Rúben era muito importante. No último jogo, em que ele não esteve, senti que a responsabilidade estava mais nos meus ombros. Faz parte, e eu assumo isso com naturalidade”, concluiu.

 
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