Brandão Rodrigues lidera empresa de calçado de Guimarães que fatura 25 milhões e emprega 400 pessoas

Novo diretor-geral da Kyaia
Brandão rodrigues lidera empresa de calçado de guimarães que fatura 25 milhões e emprega 400 pessoas
Foto: CM Viana do Castelo / Arquivo

Tiago Brandão Rodrigues, ex-ministro da Educação e investigador científico, natural de Paredes de Coura, é o novo líder da Kyaia, empresa de calçado de Guimarães que fatura cerca de 25 milhões de euros por ano e emprega 400 trabalhadores.

O antigo governante socialista foi escolhido para diretor-geral do grupo pelo próprio Fortunato Frederico, empresário vimaranense e fundador da Kyaia, que não tem família que possa assegurar a continuidade do negócio, avança o Dinheiro Vivo, suplemento económico do Diário de Notícias.

“Tenho 82 anos, aproxima-se o ‘render da bandeira’, tinha de ter uma pessoa para dar continuidade ao negócio. As exigências hoje, para um gestor, são diferentes do que eram, queria uma pessoa de fora da indústria”, explica Fortunato Frederico em declarações àquele órgão.

“Aceitei este novo desafio com forte sentido de dever”

Por seu lado, Tiago Brandão Rodrigues, que começou na Kyaia no início do ano, conta que teve “a fortuna de conhecer o sr. Fortunato desde 2013, quando estava em Cambridge e ele aceitou ir ao encontro anual da Associação de Investigadores e Estudantes Portugueses no Reino Unido, contar a sua história de vida”.

“Tenho um imenso respeito e admiração por ele e aceitei este novo desafio com um forte sentido de dever e uma grande vontade de aprender. É um privilégio, mas também uma enorme responsabilidade, fazer parte deste percurso e poder ajudar a construir os próximos capítulos da história da Kyaia”, afirmou ao Dinheiro Vivo.

Fundada em 1984, a Kyaia chegou a ser o maior grupo nacional de calçado, com mais de 600 trabalhadores e uma faturação de 70 milhões de euros. Atualmente, tem cerca de 400 funcionários e fatura 25 milhões por anos.

De acordo com a mesma fonte, a Fly London, a principal marca do grupo, é responsável por 80% da faturação, mas a Kyaia tem vindo a investir na área do turismo, com a Quinta Eira do Sol, na tecnologia com a Kyaia – Soluções Informáticas e no imobiliário, com a Kya Imobiliária.

Espera faturar entre 55 a 60 milhões em 2030

O ramo imobiliário é uma área em que Kyaia pretende continuar a crescer, tendo prevista a construção de habitação nos mais de 30 mil metros quadros que eram para a expansão da fábrica em Guimarães.

“Mudámos a agulha. Esse espaço já não será para indústria, será para habitação. Já temos um investimento grande feito em imobiliário, com 51 apartamentos na zona histórica, e temos um projeto para triplicar essa oferta, para arrendamento”, explica Fortunato Frederico.

O responsável assegura que não desinvestimento no calçado, apenas uma mudança de paradigma: “A entrada do Tiago Brandão Rodrigues é precisamente para que o grupo continue a crescer, incluindo nos sapatos, só que em vez de os produzirmos, serão, em grande parte, subcontratados fora. Não estou a inventar nada, estou apenas a seguir o caminho que Itália e outros países já seguiram”.

A empresa vai procurar novos clientes e oportunidades, nomeadamente na área da Defesa, para garantir o emprego dos seus quase 400 trabalhadores, que são um “património que não pode ser desperdiçado”.

Sem querer traçar metas, Fortunato Frederico assume que ficaria muito feliz se, em 2030, o grupo pudesse estar faturar entre 55 e 60 milhões de euros.

 
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