A empresa municipal BragaHabit vai demolir seis casas do Bairro Social do Picoto e realojar em apartamentos, já em outubro, as 27 pessoas que nelas residem, disse hoje a O MINHO o seu administrador.
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Carlos Videira revelou que a solução encontrada, a compra de habitações e posterior arrendamento ao foi encontrada de modo consensual.
“Há várias casas muito degradadas no bairro, algumas em risco dado que – e de acordo com um relatório da Proteção Civil – pode haver deslocamento ou abatimento de terras”, explicou.
“As escrituras de compra serão feitas a 29 de setembro e durante o mês de outubro far-se-á o realojamento das famílias para que depois, em novembro, se comece a demolição”, apontou.
A seguir, a BragaHabit vai retomar o processo de negociação com os residentes que ali permanecem, – 140 pessoas em 44 casas – tendo em vista uma solução semelhante, mas que pode também passar pelo realojamento noutro bairro – em arredamento disperso – ou pela construção de habitações.
O processo, que será financiado pelo Programa 1.º Direito – com fundos do PRR (Plano de Recuperação e Resiliência) – exclui, à partida a requalificação do bairro.
“Dado que as casas foram construídas com materiais de pouca qualidade não é viável nem rentável estar a reconstruí-las”, salientou.
As soluções a encontrar terão em conta as necessidades reais dos moradores, como o facto de haver pessoas com mobilidade reduzida, com o tamanho do grupo familiar e mesmo com a possibilidade de irem morar junto de outros familiares.
O Bairro do Picoto foi construído em 1998, durante a gestão de Mesquita Machado, em terrenos pertencentes à Arquidiocese, representando um investimento camarário de 1,9 milhões de euros para 50 fogos habitacionais.