O Município de Braga vai instalar, em 2025, painéis fotovoltaicos nas coberturas de 30 dos seus edifícios, entre os quais quatro grandes escolas propriedade do Estado, as secundárias D. Maria II, Alberto Sampaio, Carlos Amarante e Sá de Miranda.
O vereador Altino Bessa, com o pelouro da Energia, adiantou a O MINHO que o concurso público de concessão da construção, manutenção e exploração, por 15 anos, da futura ACC/CER (Comunidade de Energia Renovável e Autoconsumo Coletivo) é lançado em janeiro.
O autarca estima que o investimento a realizar pelo vencedor do concurso ficará entre um a dois milhões de euros, traduzindo-se numa grande poupança para a Câmara: “Calculamos que os painéis produzam dois megawatts por hora, que serão injetados na rede elétrica, sendo a energia excedente partilhada, a custos reduzidos, com outras instalações municipais consumidoras de energia elétrica”.
Poupança anual de 50%
A autarquia estima que tal se traduzirá numa poupança de 50% a 60% nos gastos anuais com energia, por via da redução do preço, acrescendo a isso o facto de ser energia limpa, sem qualquer emissão de CO2. “O nosso Plano de Ação Climática prevê a redução em 55%, até 2030, da emissão de CO2, sendo que a meta é a de zero em 2050”, frisou.
Altino Bessa diz que, para se cumprir a meta, é necessário que a área dos transportes públicos e privados contribua para a descarbonização, o que já sucede nos TUB (Transportes Urbanos de Braga) – com a compra de autocarros elétricos – e em pavilhões industriais como os das empresas Bosch e Navarra Alumínios, entre outras, que já colocaram painéis fotovoltaicos nas coberturas.
No caminho da descarbonização, o Município – diz, ainda, o vereador – instalou, por 30.600 euros, 81 painéis solares nos Bombeiros Sapadores.
Tem em curso um programa de apoio, até 50 euros, para que os munícipes troquem as lâmpadas incandescentes de casa por LEDs e criou uma plataforma que ajuda munícipes e empresas a perceber qual o potencial dos seus edifícios para a instalação de painéis fotovoltaicos e de coberturas verdes.
Em curso, está, também, um Programa de Combate à Pobreza Energética, de 500 mil euros, para a renovação de edifícios, o aumento do seu desempenho energético e ambiental, o conforto térmico e as condições de habitabilidade, saúde e bem-estar.
