O Município de Braga vai avançar com o ensaio de um sistema de semaforização para permitir o atravessamento da Avenida Padre Júlio Fragata, viabilizando assim a ligação direta da rua D. Pedro V à rua Nova de Santa Cruz, na freguesia de S. Victor. A medida foi anunciada pelo presidente da Câmara Municipal de Braga, Ricardo Rio, durante a visita realizada no dia 16 de outubro, à freguesia de S. Victor. Segundo o autarca, esta solução visa aproximar definitivamente a Universidade do Minho ao centro da cidade.
Este sistema, que aguarda parecer da Escola de Engenharia da Universidade do Minho, será sobretudo vocacionado para os peões, para as mobilidades cicláveis e para a circulação de transportes públicos. Embora testando a colocação do sistema de semaforização, Ricardo Rio explicou que o Município não coloca de parte outras soluções, nomeadamente a questão do prolongamento do túnel. Este é, contudo, um projeto que a autarquia não terá capacidade para concretizar sem um quadro de financiamento comunitário.
Segundo o vereador do Urbanismo, Miguel Bandeira, todas as ideias propostas de requalificação do eixo ‘Rua Nova Santa Cruz, D. Pedro V e S. Victor’, obrigam a uma nova leitura de circulação e mobilidade da cidade.
“Por este eixo queremos começar um novo ciclo e uma nova atitude, favorecendo a extensão do ambiente do Centro Histórico”, afirmou o vereador.
Ainda no que se refere à mobilidade, Miguel Bandeira anunciou que estão em curso um conjunto de medidas para as vias rápidas que atravessam a cidade. Tratam-se de medidas de acalmia de tráfego e regularização de fluxos para resolver, não apenas situações de congestionamento nas horas de ponta, como também as “velocidades inadmissíveis” registadas no período noturno.
O presidente da Câmara Municipal anunciou também a realização de uma intervenção de fundo na rua Nova de Santa Cruz, a partir da Primavera de 2016, e uma repavimentação da artéria ainda antes do inverno.
A requalificação do antigo edifício da Escola Francisco Sanches, que irá acolher o Centro Cívico de S. Victor e os serviços administrativos da Junta de Freguesia, foi outro dos assuntos abordados na visita. Ricardo Rio revelou que o Município já tomou posse do edifício, que irá sofrer uma primeira intervenção na cobertura.
“A Junta de Freguesia será a primeira entidade a ficar ali sediada e, de acordo com um modelo que ainda estamos a articular, será a gestora do condomínio que irá acolher outras entidades que iremos selecionar”, explicou o Edil.
Alargamento do Complexo Desportivo da Rodovia avança já em 2016
Na visita à freguesia de S. Victor, Ricardo Rio deu a conhecer o projeto de alargamento do Complexo Desportivo da Rodovia que irá avançar já em 2016. A intervenção, que será suportada pela autarquia, prevê a instalação de valências que até agora não existiam, nomeadamente equipamentos radicais e outros circuitos de manutenção, assim como a continuidade da ciclovia do rio Este para montante.
Em relação à parte original do complexo, o projeto prevê a remodelação dos balneários existentes, a criação de dois novos balneários e áreas de apoio, a construção de um anfiteatro para a realização de eventos e, ainda, um anfiteatro natural junto aos campos para “fazer o efeito de bancada”.
O campo pelado será usado para valências como futebol ou voleibol de praia e para reforçar as estruturas para o basquetebol.
“Todas estas soluções vêm complementar a oferta já muito qualificada que o Complexo da Rodovia apresenta”, referiu Ricardo Rio, destacando as melhorias introduzidas a nível da iluminação e segurança.
Complexo das Sete Fontes mais protegido
No que se refere às Sete Fontes, o presidente da Câmara considerou que aquele complexo está hoje “muito mais protegido do que no passado”. Para este cenário, acrescentou, muito contribuiu a medida tomada no início do mandato de suspensão do PDM.
“Mesmo hoje, as propostas vertidas na nova versão do documento, que esta semana entrou em vigor, qualificam o próprio espaço nesse sentido”, referiu.
Além desta salvaguarda, o autarca salientou que as várias intervenções realizadas na melhoria dos acessos e na valorização do património representam “um importante contributo para fazer das Sete Fontes um grande ecoparque da cidade”.
Já Miguel Bandeira destacou o facto da obra de restauro realizada nas Sete Fontes ser candidata ao Prémio de Reabilitação Urbana, instituído pelo Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU).
“O simples facto desta pequena obra ser reconhecida pela comunidade especializada, augura um bom caminho para o desejável ecoparque das Sete Fontes”, considerou.
Segundo o vereador, o plano de pormenor e salvaguarda do complexo deverá ficar concluído até fevereiro de 2016 e será o ponto de partida, não apenas para a negociação com os proprietários, como também para “esbater algumas veleidades especulativas” que ainda pairam sobre as Sete Fontes.
“As Sete Fontes pertencem a Braga, a Portugal, porque são Monumento Nacional, e vamos ter um dos grandes ecoparques nacionais sediado no nosso concelho”, garantiu.
Sobre a intervenção que está a ser realizada na Bica das Sete Fontes, a única disponível para os bracarenses, o vice-presidente da Câmara de Braga, Firmino Marques, adiantou que está a ser concretizada graças à administração do Hospital de Braga que ofereceu o projeto ao Município.