O Grupo DST criou uma Comunidade de Energia Renovável (CER) no seu campus, em Braga, que fornece entre 30 a 40 por cento da energia necessária para o funcionamento das empresas ali instaladas, foi hoje anunciado.
Em declarações à Lusa, o administrador da dstsolar, André Marques, disse que aquela CER tem uma potência instalada de 736kW, mas a ideia é aumentar, com a instalação de painéis fotovoltaicos em todas as coberturas.
“A nossa previsão é que a fatura energética baixe entre 30 a 40 por cento”, referiu.
Segundo a dstsolar, esta é a primeira CER em pleno funcionamento em Portugal.
A CER tem como objetivo precisamente a poupança energética, através da produção e autoconsumo, de forma a gerar benefícios para os edifícios das várias empresas do grupo.
Para a dstsolar, esta CER é “um piloto que terminou com sucesso o processo de licenciamento relativamente simplificado e com fácil interlocução com as diversas entidades licenciadoras”.
Agora, a dstsolar “vira-se para o mercado, para sensibilizar o tecido empresarial, os municípios e outros agentes para que integrem sistemas de produção de energia de fonte renovável nas diferentes tipologias de clientes e utilizadores”.
“Temos uma área de atividade ligada ao desenvolvimento e implementação das comunidades de energia. Podemos disponibilizar a modalidade de aluguer operacional, sem qualquer custo inicial de investimento para o cliente”, afirma André Marques, administrador da dstsolar.
Além da produção e autoconsumo de energia, as CER permitem também armazenar energia renovável e partilhar fluxos de energia produzida e energia não consumida com os membros da mesma comunidade de energia, contribuindo assim para o combate à pobreza e iliteracia energética e outro tipo de desequilíbrios ou vulnerabilidades socioeconómicas.
“Portugal é claramente um país que reúne as condições necessárias para apostarmos e sermos exemplares no domínio das energias renováveis, nomeadamente na produção descentralizada nas várias fontes que dispomos, sendo que hoje produzir energia a partir de fontes renováveis e a baixo custo é um desígnio nacional”, concluiu André Marques.