Devido à evolução da pandemia de covid-19, a Câmara de Braga não promove festas de fim de ano e já cancelou três atividades previstas no calendário de atividades natalícias: a fogueira de Natal, o bolo-rei gigante e o “Bananeiro da Pequenada”.
“Vamos ter um conjunto de atividades muito alargado no âmbito natalício, tentando evitar ajuntamentos de massas. Relativamente ao fim de ano, prescindimos de o organizar. Não teremos celebrações de fim de ano em 2021”, disse à rádio Observador o presidente da Câmara, Ricardo Rio.
E acrescenta: “Mesmo em relação às várias atividades que tínhamos previstas para o Natal têm vindo a sofrer ajustamentos. Há uma iniciativa emblemática que é o bolo-rei gigante que, por força da sua natureza de envolver a ingestão do bolo-rei e obrigar as pessoas a retirar a máscara e proporcionar grande afluxo de pessoas, já foi cancelado”.
Também o “Bananeiro da Pequenada”, marcado para a manhã do dia 24 de dezembro, foi cancelado, porque, justifica o autarca, “propicia um ajuntamento muito grande da população onde atualmente existe maior incidência, que é a camada mais jovem, em idade escolar”.
“São iniciativas que suscitam aglomerados e que envolvem a retirada da máscara, pelo que achámos por bem cancelá-las, face à atual situação pandémica”, referiu, entretanto, o autarca à Lusa.
Admitiu que, consoante o evoluir da situação, outras atividades poderão igualmente ser canceladas.
Em relação ao “bananeiro dos adultos”, Rio disse que vão ser feitos contactos com o proprietário do estabelecimento e com as forças de segurança, para “definição das regras”.
O “bananeiro” é uma tradição de natal promovida por um estabelecimento comercial de Braga, que costuma juntar, no dia 24 de dezembro, centenas de pessoas para comer bananas e beber moscatel.
Para a passagem de ano, e a exemplo do que aconteceu em 2020, não há qualquer atividade programada.
Segundo o autarca, no sábado foram registados, no concelho, 180 casos de covid-19, ligados sobretudo à comunidade escolar e à área desportiva.
“Os infetados são, na sua maioria, jovens não vacinados”, acrescentou.
A covid-19 provocou pelo menos 5.214.847 mortes em todo o mundo, entre mais de 262,26 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
Em Portugal, desde março de 2020, morreram 18.458 pessoas e foram contabilizados 1.151.919 casos de infeção, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.
A doença é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.
Uma nova variante, a Ómicron, foi recentemente detetada na África do Sul e, segundo a Organização Mundial da Saúde, o “elevado número de mutações” pode implicar uma maior infecciosidade.
Notícia atualizada às 12h08 com declarações do autarca à Lusa.