O “Braga para Todos” lançou um desafio a Ricardo Rio, presidente da Câmara, na sequência do surto de esgana no canil municipal na última semana. O movimento quer introduzir a obrigatoriedade de todos os cães ao entrarem no Centro de Recolha Oficial (CRO) serem vacinados contra doenças infectocontagiosas, que protegem os animais contra doenças na maioria letais como: a esgana, parvovirose, leptospirose, e outras.
O Braga para Todos acrescenta que a vacinação e os reforços, já a cargo dos adotantes podem impedir estes surtos que por norma matam números elevados de animais.
“Acreditamos que neste momento, esta situação é revoltante para os ativistas da causa animal, como também para as associações e para a veterinária municipal, pois já verificamos que tem apreço pelos animais e evitar a eutanásia, mas esta doença cria um grande sofrimento no animal e não há opção em alguns casos, a não ser lhes dar uma morte o mais digna possível”, diz o Braga para Todos, em comunicado.
“Enquanto não se completa o quadro das vacinas há riscos, mas são menores, este investimento é simbólico e até pode ser anexado ao valor de 19 euros, microchip e vacina da raiva cobrado pelo CROA e obrigatório por lei, porque é uma mais-valia para os adotantes e acima de tudo trava estes acontecimentos, que levam por norma à morte de muitos animais face à rapidez de contágio”.
O canil municipal de Braga encontra-se fechado e todos os animais já foram alvo de análises, segundo comunicado da AGERE, na opinião do Braga para Todos este deve estar agora num processo de desinfestação que pode durar vários dias.
Na última semana, três cães foram eutanasiados no CRO por causa da existência de um foco de esgana no canil municipal. A origem deste foco deveu-se à entrada de um canídeo errante portador sem sintomatologia.
A esgana canina é altamente contagiosa, afeta os pulmões, intestino e sistema nervoso transmitindo-se facilmente de cão para cão, através do contato com urina, sangue ou saliva, o diagnóstico é através de análises à urina ou sangue. A doença não tem cura e os tratamentos são focados nas infeções secundárias e controle dos sintomas.
A AGERE ainda indica aos detentores de cães, que estejam atentos aos seguintes sintomas: febre uma semana após a infeção, mas muitas vezes esta febre poderá passar desapercebida; duas semanas após a infeção o vírus leva a perda de apetite, febre, corrimentos nasais e oculares muco-purulentos, pneumonia e diarreia; nas duas a três semanas seguintes desenvolvem-se sintomas neurológicos (ataques epiléticos e convulsões, e fraqueza dos membros, paralisias e perdas de coordenação.