Um grupo de pais e encarregados de educação que têm questionado as mudanças no Colégio D. Diogo de Sousa, em Braga, alegou, esta segunda-feira, ter recebido ameaças relacionadas com a contestação que fizeram às alterações no estabelecimento de ensino católico, tendo, entretanto, terminado repentinamente, este domingo, com o grupo de WhatsApp que tinham criado.
“As ameaças contra a integridade física e moral endereçadas aos administradores do grupo de WhatsApp e aos seus familiares tornou-se insustentável”, pode ler-se e comunicado enviado pelos pais ao fim da manhã de hoje.
“Depois da vigília realizada no sábado com os mais de 300 pais presentes, decidimos acabar com o grupo de WhatsApp onde estavam mais de um milhar de participantes, pois foi criado em circunstâncias diferentes e com objetivo claro, adiar esta alteração para o final do ano letivo e organizar uma vigília no sábado”, refere o comunicado.
“A partir do momento em que se alteraram as circunstâncias, acabámos com o grupo de WhatsApp”, esclarecem, acrescentando que “a caminhada ainda não terminou, porque os encarregados de educação ainda não foram, nem estão, de todo, envolvidos neste processo de mudança”.
“Nesta fase, consideramos que valeu a pena, pois conseguimos ser recebidos pela Arquidiocese, embora ainda não envolvidos no processo de mudança, mas achamos que lutar pelo interesse dos nossos filhos vale sempre a pena”, acrescentam ainda os pais.
Entretanto, os mesmos pais consideram que “os docentes do Colégio D. Diogo de Sousa convidados este fim de semana para os cargos de gestão pedagógica e administrativa são docentes exemplares e da nossa total confiança”, acrescentando ainda que “valeu a pena termos acesso ao regulamento e antecipando-se a divulgação dos nomes dos novos órgãos do regulamento”.
“O que não conseguimos levar por diante foi o adiamento para o início do próximo ano letivo da implementação do novo regulamento e não conseguimos ainda ser esclarecidos das dúvidas suscitadas pelo novo regulamento”, adiantam os pais, que esperam “ser intervenientes nesta mudança”.
“Relativamente à Arquidiocese de Braga [que detém o Colégio D. Diogo de Sousa] gostaríamos de salientar que os alunos, a partir de 06 de janeiro, vão todos normalmente para o colégio, com uma direção pedagógica em quem confiamos”, acrescenta o comunicado.
“Neste momento precisamos de acautelar a serenidade dos nossos filhos, que é o que mais nos interessa, e acreditar que esta mudança seja para o bem de todos os alunos do Colégio de D. Diogo de Sousa”, conclui o grupo de pais.