O Município de Braga contabiliza, já, no presente mandato da Coligação Juntos por Braga mais de 100 milhões de euros (com IVA), em obras diversas.
E, diz a vereadora Olga Pereira, que tutela os equipamentos e os Espaços Públicos ainda serão lançadas, no presente mandato os concursos públicos para sete novas obras, com um investimento de 15,3 milhões, a saber: A Área + Montélios (2ª fase) – 2 milhões: Rua dos Presidentes e Rua da Ponte Pedrinha (Lomar) – 1 milhão; – Rua D. Pedro V (S. Víctor) – 1 milhão, e, Centro Cívico de Espinho – 1,7 milhões.
À próxima reunião de Câmara irão, ainda, a Repavimentação da Avenida do Requeixo (Sobreposta) – 0,6 milhões: o Ordenamento viário e Mobilidade do Centro Escolar de Gualtar – 0,8 milhões; oPavilhão Flávio Sá Leite – 6,5 milhões e a Repavimentação da Rua Conselheiro Bento Miguel e Rotunda de Infias – 750 mil euros.
Num post na rede social Facebook, Olga Pereira, – onde enumera, uma a uma as empreitadas – lembra que, o lançamento de uma obra pressupõe a elaboração prévia de projetos de arquitetura, projetos de especialidades, revisões de projeto, frequentemente pareceres de entidades externas, financiamento e concursos público”.
E, anota, ainda: “A informação é longa mas o trabalho também foi exigente e está à vista de todos. As obras estão feitas (algumas estão em curso) ou serão lançadas em algumas semanas. Para as concretizar foram necessários muitos profissionais e muitos meses de trabalho.
Sobre as críticas feitas pelos vereadores Artur Feio (PS) e Vítor Rodrigues (CDU), responde: “Eleitoralismo? Talvez, se se considerar aquilo que sempre dissemos: “O primeiro dia de campanha é o primeiro dia a seguir às eleições”.
Podemos estar, e estamos, muito orgulhosos do trabalho desenvolvido”.
37milhões na última reunião de Câmara
Recrode-se que, e conforme O MINHO noticiou, o Município aprovou, segunda-feira, em reunião do Executivo, o lançamento ou a abertura de concurso de 11 empreitadas, com um investimento de 37 milhões de euros, o maior dos quais, o da obra de transformação, em 730 dias, do antigo Cine Teatro São Geraldo em Centro de MediaArts, orçada em 13,5 milhões.
A este propósito, e contactado pelo MINHO, o presidente da Câmara, Ricardo Rio, e respondendo a críticas da oposição, PS e CDU, sobre um alegado eleitoralismo, disse que nunca inaugurou obras antes de eleições.
“Estes são projetos que correspondem a compromissos eleitorais e pessoais, quer, por razões técnicas, financeiras ou outras, e que, por isso, só foi possível terminar agora”, explicou, frisando que, nunca inaugurou obras antes das eleições.
O edil salienta que, antes das «autárquicas» ainda vai arrancar o concurso público de requalificação do pavilhão Flávio Sá Leite e de algumas escolas.
Já a oposição não pensa da mesma maneira…Em declarações a O MINHO, o vereador socialista Artur Feio classificou o lançamento, “agora”, das empreitadas como “claramente eleitoralista, ou pior que isso, fruto da incapacidade dos serviços de as terminarem durante o mandato”.
Para o autarca oposicionista, além de que, muitas dessas obras só avançarão no próximo mandato, o próximo Presidente, seja ele quem for, – “e espero que seja do PS” – fica endividado durante dois ou três anos: “em 2012, o Ricardo Rio, quando foi eleito, queixou-se da gestão socialista de Mesquita Machado, por ter deixado dívidas para pagar. Agora, o líder da Coligação Juntos por Braga faz o mesmo, deixa o próximo Presidente “entalado” como se diz na gíria popular”, lamenta.
CDU contra Campo da Vinha
Já o vereador da CDU, Vítor Rodrigues não é tão radical como o eleito do PS, já que considera que algumas das obras agora lançadas “são necessárias” e já deveriam ter avançado mais cedo.
O autarca, que não esteve presente na última reunião de Câmara por estar de férias, concorda que haja eleitoralismo no calendário e critica, sobretudo, o lançamento da obra de requalificação do Campo da Vina: “vão ser investidos 3,4 milhões no projeto, quando o Município tem outras necessidades urgentes, como a da habitação, onde seria investir”, explicou, frisando que a CDU votou contra.
Rio diz que dívida de Mesquita era de “maus projetos”
Questionado sobre as críticas da oposição, Ricardo Rio contra-atacou: “o vereador do PS critica, mas esquece-se que, a gestão socialista deixou dois elefantes brancos para eu, enquanto Presidente, pagar de centenas de milhões de euros, das obras do Estádio e da parceria público-privada da SGEB, a sociedade gestora dos equipamentos desportivos”, afira.
E, diz, ainda: “dois monstros financeiros – com custos em boa parte desnecessários – que tivemos de liquidar, mais de 200 milhões, uma tarefa que só agora acabou e que limitou financeiramente o Município”.
Sobre o facto de o próximo Presidente, a eleger em outubro, ter de pagar as obras agora lançadas, Ricardo Rio diz que não impedem o lançamento de novos projetos e vão permitir que o vencedor veja o concelho melhor requalificado e apetrechado durante a sua gestão”,