A Associação de Moradores da Sé, em Braga, foi, ontem, à reunião do executivo da Câmara Municipal que, decorreu precisamente no auditório da freguesia, pedir ao Município que ponha termo ao que diz ser a “indisciplina reinante” nos bares e frequentadores noturnos da zona
Joaquim Vieira, porta-voz da Associação, que falou no final da reunião no período de tempo destinado ao público, pediu aos serviços do Município que seja respeitado o direito ao descanso de quem ali vive, e que sejam cumpridos os regulamentos em vigor.
Em resposta ao munícipe, a vereadora Olga Pereira garantiu que o pelouro que dirige e a Polícia Municipal estão atentos à situação e têm vindo a fiscalizar os horários e o cumprimento de normas, tendo já sido “passadas várias contraordenações pela Polícia Municipal”, aplicadas precisamente aos bares que prevaricam, nomeadamente em termos de horários.
A vereadora disse a O MINHO que está a ser feita uma revisão do Regulamento em vigor, com o intuito de o melhorar e atender aos direitos dos moradores, mas vincou que a alteração não é imediata já que, além de bares e esplanadas regula vários outros aspetos concernentes à ocupação do espaço público”.
Na sua intervenção Joaquim Vieira, acompanhado de outros habitantes, apelou a que as regras sejam cumpridas e os bares fechem, durante a semana, às 24 horas, como está estipulado.
Botelhão
O MINHO contactou um outro morador o qual salientou que os bares fecham a porta à meia-noite, mas alguns continuam a servir os clientes, maioritariamente jovens, para que bebam fora, de modo a que estes “permaneçam nas esplanadas até às duas ou às três horas da madrugada”.
“Ficam ali horas seguidas a fazer grande barulho, esquecendo-se de que há quem precise de dormir porque vai trabalhar de manhã”, afirma, dizendo-se “indignado” com uma situação que se prolonga há vários anos.
Para além do ruído, a Associação de Moradores – que confia na palavra de Olga Pereira – diz que “pode haver situações de concorrência desleal”, solicita que se termine com a indisciplina, nomeadamente com a “ocupação indevida do espaço público”, e com a dificuldade de acesso às garagens dos prédios que habitam”.
No mandato anterior, o executivo de Ricardo Rio obrigou os bares a fechar à meia-noite aos dias de semana, mas permitindo mais duas horas à sexta e ao sábado.