A maioria PSD/CDS chumbou hoje, em reunião de Câmara, uma proposta dos vereadores do Partido Socialista pedindo que o Município, em colaboração com os agrupamentos de escolas, cedesse, a título de empréstimo, os meios tecnológicos (tablets, computadores, câmaras, microfones, touters, hotspots, etc) a alunos e professores “em comprovada e justificada situação de carência de equipamentos desta natureza”. Mas a Câmara está a tratar do assunto.
Na ocasião, o presidente Ricardo Rio propôs que, na proposta, constasse que a tarefa compete ao Ministério da Educação e lembrou que o próprio primeiro-ministro havia dito que “todos os alunos teriam os meios tecnológicos necessários”. Acrescentou que a Câmara, no final do processo, deveria ser ressarcida dos custos da compra de equipamentos. Os socialistas não aceitaram a introdução destas adendas, pelo que a proposta foi reprovada.
Apesar disso, o autarca salientou que a Câmara está atenta ao assunto e a tratar dele: “fizemos um levantamento da situação junto dos agrupamentos de escolas e concluímos que há 2.500 alunos nessa situação. Desses, dois terços não têm computador ou tablet e um terço não tem acesso à internet”.
E afirmou: “Vamos ver se conseguimos resolver o problema com apoio das juntas de freguesia, dos agrupamentos de escolas e de privados, quer empresas, quer pessoas singulares”.
A iniciativa, apresentada pela vereadora Liliana Pereira, defendia que, “o Município tem um papel fundamental na adoção de medidas extraordinárias que visem minimizar os efeitos devastadores que esta pandemia tem, quer a nível social quer económico”.
“Este programa permitirá que, em Braga, não haja nenhuma criança e jovem, a partir do primeiro ciclo, que não tenha acesso aos modelos de ensino que estão a ser adotados”, salienta a proposta.