Enquanto não é julgado, tem de se sujeitar a tratamento médico de psiquiatria. É tido como pirómano. Em abril deste ano, ateou fogo com um isqueiro a uma mata da freguesia de Espinho, arredores de Braga. Manuel Marques Gomes, de 50 anos, e residente na localidade, foi visto por vizinhos. Vai agora ser julgado em Tribunal. Em data a marcar.
O Ministério Público acusa-o do crime de incêndio florestal: a 9 de abril, saiu de casa, e seguiu, a pé, por uma estrada de terra batida, no lugar da Cachada, a qual está ladeada de uma floresta de pinheiros e eucaliptos. Andou 50 metros e incendiou umas ervas secas. Fez o mesmo outras duas vezes, alguns metros depois. À terceira, foi interpelado por dois moradores da zona que lhe pediram que combatesse as chamas, que entretanto, e como era dia de calor, se estavam a propagar. E desconfiaram dele.
O incêndio acabou por ser combatido, por mais de uma hora, pelos Bombeiros Voluntários de Braga, cuja atuação rápida, permitiu que apenas tivessem ardido 250 m2.
“Não fosse a intervenção dos Bombeiros”, o fogo poderia ter-se expandido rapidamente e posto em perigo os moradores das habitações que se situam a alguns metros do local, sublinha, elogiosamente, o Ministério Público.
O arguido, que confessou o crime aos inspetores da PJ de Braga, deveria ser julgado por um Tribunal Coletivo, dado que a moldura penal é superior a cinco anos de prisão. Mas, como não tem antecedentes criminais, o MP propõs que fosse julgado em Tribunal singular. Mas tem de ir ao psiquiatra, para haver garantias de que não repete a mesma cena macabra.