O Município de Braga já apoiou a esterilização de 1.734 gatos através do projeto Capturar, Esterilizar, Devolver (CED), num total de 387 machos e 1347 fêmeas, desde 2018, foi hoje divulgado.
Em comunicado, a autarquia revelha que, em 2024, foram 542 os felídeos esterilizados – 148 machos e 394 fêmeas.
Estima-se que o trabalho desenvolvido nos últimos seis anos tenha permitido o controlo de cerca de 4.000 ninhadas e evitado o nascimento de 20 mil felídeos.
Implementado em 2018, este programa visa o “controlo da reprodução de gatos assilvestrados no concelho” e é acompanhado pelas associações locais de proteção animal (Abandoned Pets, APPANIBRAG, Bragatos, Abrigo da Luna, Amigatos da Milkinha e Mia Casa) e pelos seus cuidadores (responsáveis por monitorizar o estado da colónia).
A Câmara explica que os animais mais jovens e com um comportamento “dócil” são retirados das colónias e encontram-se disponíveis para adopção responsável.
À data já existem várias colónias controladas, o que tem permitido “reduzir significativamente o número de animais em cada uma delas”.
De acordo com Altino Bessa, vereador do ambiente, estes resultados só são possíveis “graças a um trabalho em rede cimentado, equipas dedicadas e uma constante preocupação com a saúde animal, a saúde pública e a promoção do bem-estar dos animais”.
“O programa CED tem-se revelado fundamental no terreno, assumindo um papel estruturante na nossa política de proteção animal. Reconhecendo a importância deste projeto, reforçamos a verba disponível para 2024 e elevamos o investimento total para 46 mil euros”, afirmou, citado em comunicado.
O vereador sublinhou ainda que “graças ao trabalho incansável de inúmeros voluntários e cuidadores´ nas mais diversas áreas e a uma rede de apoio comunitária bem organizada, as condições de saúde e proteção animal foram significativamente melhoradas”.
“Paralelamente, reforçamos a saúde pública, numa perspetiva de responsabilidade municipal. Consideramos que a promoção do bem-estar animal é uma responsabilidade coletiva que impacta diretamente a qualidade de vida no nosso concelho. Com políticas públicas eficientes e o envolvimento da comunidade, temos conseguido avançar na proteção dos animais e na construção de um ambiente mais harmonioso para todos”, disse.
No âmbito deste programa, todos os animais são identificados e registados na base de dados SIAC. São vacinados contra a raiva, desparasitados interna e externamente e esterilizados.
As intervenções médico-veterinárias são integralmente suportadas pelo Município, por via do Programa Nacional “Cheque Veterinário” da Ordem dos Médicos Veterinários.
A par disto, as associações podem recorrer à verba do CED para o tratamento de animais doentes (através do Cheque de Tratamento) e para a realização de análises médico-veterinárias (Cheque de Análise), gerindo os fundos disponíveis no Protocolo de Colaboração – de acordo com as necessidades reais do território.
