O investimento municipal em Braga duplicou em 2018, atingindo os 18,3 milhões de euros, o que representa uma taxa de execução de 63 por cento, anunciou hoje o município.
Em comunicado, o município refere que o aumento resulta da realização de “investimentos essenciais para o desenvolvimento do concelho”, como a requalificação do Parque de Exposição de Braga (Altice Forum Braga), a construção dos diversos centros escolares e respetivo apetrechamento em termos de mobiliário e equipamento tecnológico, a reabilitação do Parque Desportivo da Rodovia e arruamentos urbanos diversos.
Os dados constam no Relatório de Gestão e Contas de 2018, que será apreciado e votado na segunda-feira, em reunião do executivo.
O município sublinha que os dados mostram um resultado líquido do exercício de 6,1 milhões de euros, contra os 3,6 milhões de 2017.
“Em 2018, o Município de Braga reforçou a sua solidez financeira, com uma estrutura de custos e proveitos equilibrada”, refere o comunicado.
Acrescenta que 2018 ficou marcado por diversos projetos de “extrema importância” para a cidade, como a inauguração do Altice Forum Braga, o início da requalificação do Mercado Municipal, a atribuição do prémio de segundo melhor destino europeu no ano e a apresentação da estratégia “Braga Cultura 2030”, um primeiro passo para a futura candidatura da cidade a Capital Europeia da Cultura em 2027.
O município destaca ainda a atribuição do título de melhor Cidade Europeia do Desporto de 2018, a renovação do Parque Desportivo da Rodovia e as medidas tomadas no sentido de tornar Braga uma cidade com mobilidade mais sustentável, que incluem o processo de renovação de 30% da frota dos Transportes Urbanos de Braga e projetos como o BUILD – Laboratórios para a Descarbonização.
“Num ano marcado pelo investimento autárquico, pela forte dinâmica imprimida ao nível desportivo, cultural, social e pela maior assunção de responsabilidade ao nível educativo, 2018 registou um aumento da dívida de curto prazo do município. Este aumento é resultante, também, da decisão judicial que condenou o município, no âmbito da construção do estádio municipal, ao pagamento de cerca de 4,2 milhões de euros ao consórcio ASSOC, ACE e Soares da Costa, SA, da contabilização de seis contratos de arrendamento de equipamentos desportivos celebrados com a SGEB, SA (ascendendo a 3 milhões de euros, anteriormente não reconhecidos por divergência de execução das obras) e das verbas liquidadas no âmbito do resgate da ESSE”, lê-se ainda no comunicado.
A dívida de médio e longo prazo diminuiu 14,4 milhões de euros, para um valor de dívida total de 53 milhões de euros.
“Em termos de endividamento do universo municipal, em 2018 registou-se um aumento de 7 milhões de euros da dívida total do município, por comparação com o período homólogo, passando agora a totalizar 53 milhões de euros. Ainda assim, considerando o quadriénio de 2015-2018, a dívida total foi reduzida em 5,2 milhões de euros – passando de 58,2 milhões em 2015, para 53 milhões de euros em 2018”, explica o município.
O ativo líquido apresenta em 2018 um valor de 576 milhões de euros.
“Comparando com o registado no final do exercício anterior (557 milhões de euros), verifica-se um aumento de 19,7 milhões de euros, que reflete o forte investimento executado e preconizado no Plano Plurianual de Investimentos”, remata.